Matou a democracia e foi ao puteiro

Já que matamos a democracia com as nossas próprias mãos e panelas, por que não irmos para o puteiro festejar? Afinal, de sacanagem a gente entende

Já que matamos a democracia com as nossas próprias mãos e panelas, por que não irmos para o puteiro festejar? Afinal, de sacanagem a gente entende
Já que matamos a democracia com as nossas próprias mãos e panelas, por que não irmos para o puteiro festejar? Afinal, de sacanagem a gente entende (Foto: Nêggo Tom)


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A prisão do presidente Lula, evidenciou o que todos nós já sabíamos, a respeito da direita política nacional. Ela é hipócrita e falso moralista. Composta por cidadãos de bem de caráter ilibado, guardiões da família e dos bons costumes e defensores da tradição cristã, o polo destro e reacionário da nossa sociedade, comemorou o encarceramento de Lula, estourando champanhes, abrindo vinhos caros e indo a zona. 

Enquanto Lula, arrastou milhares de comunistas comedores de criancinhas, ateus e outros esquerdistas de moral duvidosa, para uma missa celebrada em frente ao sindicato dos metalúrgicos em São Bernardo do Campo, homens e mulheres respeitáveis e exemplares, adoradores do Juiz Sérgio Moro e combatentes incansáveis do socialismo diabólico e pecador, que quer destruir a pureza e a essência franciscana da nossa sociedade, se reuniram em outro palanque, nem tão cristão assim, para celebrar bebendo cerveja de graça e desfrutar dos serviços profissionais mais antigos da humanidade. 

Já que matamos a democracia com as nossas próprias mãos e panelas, por que não irmos para o puteiro festejar? Afinal, de sacanagem a gente entende. Convocados pelos jovens mancebos e ensebados do MBL e liderados pelo cafetão do bem, Oscar Maroni, dono do Bahamas Night Club, templo sagrado do entretenimento adulto paulistano, a galera anti corrupção se esbaldou  ao som de música eletrônica, de muita bebida e de um  discurso patético, feito pelo expoente maior do rufianismo neo liberal. Uma ode a estupidez e a ignorância. 

Se não bastasse o fato de estarem ali, num ambiente por eles reprovável e indigno de suas presenças, em condições normais, pesava também sobre os presentes, o fato de estarem aplaudindo um sujeito que já esteve preso por três oportunidades,e, todas elas, por motivos pouco nobres. Formação de quadrilha e exploração sexual, por exemplo. Se o nazismo alemão teve em Hitler, o seu grande "Fhurer", o neo fascismo brasileiro, elegeu o seu "Cáften", aquele, que representa fielmente, o verdadeiro caráter da nossa direita e reproduz com exata fidelidade a sua incoerência.

O ambiente foi decorado com as fotografias da Ministra da Suprema Corte, Carmen Lúcia e do Juiz Sérgio Moro, duas figuras, que, direta e indiretamente, motivaram o festejo naquela casa de noca, e, que, merecidamente foram entronizados naquela suruba ideológica e existencial. Aos então, agora, padroeiros do lupanarismo golpista, foram oferecidas aquelas doses virtuais de cerveja, que os supersticiosos costumam jogar ao chão e oferecer ao santo, como reverência. E nesse mesmo ambiente, onde os guardiões da justiça nacional eram endeusados, podia se ouvir uma promessa feita pelo dono do estabelecimento. A cerveja seria de graça, o mês inteiro, se matassem Lula na cadeia. 

Mas, toda essa exaltação a cafetinagem, precisava atingir o seu clímax, e, como em toda grande comemoração, não poderia faltar a cereja do bolo.  E ela chegou nas mãos do "anfitrirufião", que, vestido de presidiário e exibindo uma felicidade ébria, trazia consigo uma mulher - certamente uma de suas funcionárias - com a genitália exposta, para o delírio e deleite dos voyers ensandecidos e abstinentes de um bom sexo, que ali se encontravam, e, a apresentava como um animal no cio, pronta para um coito reprodutor. Dominada, com a mão de seu "dono", tapando a sua boca e sem direito a reação, ela era uma espécie de troféu oferecido a canalhice e ao mal caratismo dos convidados. Valeu a pena sair do armário da moralidade, por algumas horas e se assumir como hipócritas, machistas e reacionários. 

A festa foi no Bahamas, mas, o bordel do golpe possui franquias em todo o Brasil. Dentro de suas alcovas, a falta de vergonha na cara não usa preservativos, o falso puritanismo não abre mão de uma boa putaria e o conceito de moral e bons costumes dessa gente de bem, é tão real e duradouro, quanto o orgasmo de uma meretriz. 

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