Rumo ao hexa sem Lula livre, é perder o rumo

A euforia por uma possível conquista do Hexa, pode contrastar com a tristeza da perda de direitos, da venda de nossos bens a preço de banana para o capital estrangeiro e com a eleição de um novo governo alinhado com os interesses externos, em detrimento do bem estar do próprio povo

A euforia por uma possível conquista do Hexa, pode contrastar com a tristeza da perda de direitos, da venda de nossos bens a preço de banana para o capital estrangeiro e com a eleição de um novo governo alinhado com os interesses externos, em detrimento do bem estar do próprio povo
A euforia por uma possível conquista do Hexa, pode contrastar com a tristeza da perda de direitos, da venda de nossos bens a preço de banana para o capital estrangeiro e com a eleição de um novo governo alinhado com os interesses externos, em detrimento do bem estar do próprio povo (Foto: Nêggo Tom)


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O fantasma temido por alguns, de vermos a nossa seleção ficar de fora das oitavas de final da copa do mundo, foi exorcizado. Com a vitória sobre a Sérvia, por 2x0, nosso escrete canarinho garantiu a vaga na próxima fase da competição, como primeiro colocado do grupo e agora enfrenta o México. A Argentina, outra seleção que estava assombrada pelo mesmo fantasma, também conseguiu exorcizá-lo e garantiu a sua permanência na copa.

Bastante questionados, Neymar e Messi, os principais jogadores de suas seleções, responderam em campo aos críticos e foram importantes na classificação de suas equipes. O cenário político nos dois países, não é dos melhores, mas, a diferença como um e outro trata as suas mazelas sociais e econômicas, são bem distintos. E isso pode acabar se refletindo na postura dos jogadores de cada seleção, que também são cidadãos de seus países, embora a maioria viva fora deles.

Enquanto a seleção argentina avança na copa, o povo argentino está nas ruas lutando para o governo cair. Já o povo brasileiro, comemora a classificação e o fato de seu maior craque não ter caído. Messi e companhia se viram diante do "governo" incompetente do técnico Jorge Sampaoli, o Michel Temer da albiceleste. Não por ele ser golpista e corrupto, mas por ter atingido o mesmo nível de rejeição que o nosso presidente intruso, devido a sua incapacidade de fazer o time evoluir. Ninguém o quer, ninguém o apoia e todos querem que ele saia. 

A diferença, é que os jogadores argentinos tem aquilo "rojo" e promoveram uma verdadeira revolução na Rússia, assumindo o comando técnico da equipe e passando a jogar no esquema tático que eles consideram o melhor para todo o grupo. A tomada do vestiário por parte dos jogadores argentinos, é um episódio simbólico e sintomático, em meio a convulsão social que aquele país enfrenta. Podemos associar o episódio, a tomada da bastilha, que originou a revolução francesa e que meteu um acachapante 7x1 no reinado de Luis XVI. Mas, e o Brasil? Que inspiração o time de Tite e Neymar, pode dar aos mais de duzentos milhões de brasileiros, que estão sofrendo com a política do governo golpista de Temer, mas que não deixam de torcer apaixonadamente pela nossa seleção? 

A nossa pátria sempre calçou chuteiras, mas nunca entrou em campo, de fato. Somos milhões de canários pistola que, a cada quatro anos - seja para torcer pelo país na copa ou para eleger os nossos representantes - jogamos na posição de bobos da corte. Se na Rússia, temos o talento de Neymar como esperança para trazer o título, aqui no Brasil, o craque capaz de fazer o país jogar melhor e de classificá-lo novamente entre as melhores economias do mundo, está preso. Sem cair de joelhos no gramado, sem chorar e sem reclamar da pressão e da injustiça de sua prisão. Lula é o tipo de líder que faz falta, tanto no time de Tite, quanto na presidência da república.
 
É o cara que chama a responsabilidade para si, que não se intimida com o adversário, que não sucumbe as críticas e as perseguições e que pode virar um jogo aparentemente perdido pelo povo brasileiro. Mas, Lula está impedido de jogar. O STF, aplicou-lhe uma suspensão arbitrária e questionável. As provas apresentadas contra ele, são mais inconsistentes do que as faltas cavadas por Neymar e tão ridículas quanto a participação dos alemães nessa copa. Ao contrário dos Juízes da copa do mundo, o Juiz que puniu Lula aceita interferência externa. Principalmente quando ela vem dos EUA. E baseado nisso, ele inverteu faltas, marcou penalidades inexistentes, deixou de punir com cartão vermelho os adversários de Lula, mesmo quando estes cometeram faltas graves e foi decisivo no resultado final da partida.

A euforia por uma possível conquista do Hexa, pode contrastar com a tristeza da perda de direitos, da venda de nossos bens a preço de banana para o capital estrangeiro e com a eleição de um novo governo alinhado com os interesses externos, em detrimento do bem estar do próprio povo. Se a nossa seleção está indo rumo ao Hexa, o país está perdendo o rumo. Se o Hexa não vier esse ano, daqui a quatro anos a nossa seleção terá outra chance para erguer a taça. Mas, se não interrompermos a sequência do golpe agora, daqui a quatro anos pode ser tarde demais. 

Pra frente, Brasil! Lula livre! 

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