Impeachment e Shallow Now

O meme do momento é a junção idiomática meio sem sentido, feita por Paula Fernandes e Luan Santana, numa versão em português da música "Shalow", de Lady Gaga. Impeachment e Mourão Não!

Impeachment e Shallow Now
Impeachment e Shallow Now (Foto: Marcelo Camargo - ABR)


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O meme do momento é a junção idiomática meio sem sentido, feita por Paula Fernandes e Luan Santana, numa versão em português da música "Shalow", de Lady Gaga. Pelo que entendi da letra da canção em inglês, usando o Google tradutor, é óbvio, a mensagem transmitida é de uma insatisfação com a situação na qual se encontra e uma busca por mudança. Apesar do medo de se tentar algo novo.

A comodidade na superfície (In the shallow), é a estagnação numa zona de conforto que pode impedir-nos de sair do lugar e de irmos em busca dos nossos sonhos. Mesmo assim, segunda a letra da canção, ela pede que a observem enfrentando o medo e mergulhando profundo, naquela oportunidade que pode ser única. Bom! Pelo menos, foi o que entendi das metáforas usadas por Gaga na letra da música.

Mas, como a língua inglesa não é o meu forte, e nem a portuguesa eu domino tanto assim, apelo à licença poética para pedir Impeachment e shallow now, baseado numa motivação, talvez inversa, aos argumentos de Lady Gaga para escrever a sua canção. A busca por segurança numa superfície qualquer, onde o medo, imposto como ideologia, não possa nos intimidar e destruir tudo aquilo que sonhamos como mudança social para o nosso país.

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Precisamos mergulhar fundo nesta oportunidade única, de livrar o país das garras do fascismo, do autoritarismo e da insanidade política do atual governo. Infelizmente, o presidente eleito não reúne condições para governar. Muitos já sabiam ou desconfiavam disso, e, mesmo assim, deram-lhe apoio e embarcaram numa aventura rumo a um país de Alice, cujas maravilhas seriam destinadas apenas aos mais ricos e aos mais iludidos.

Estes estão pulando barco e sem uso de colete salva vidas. É o caso de Lobão, Janaína Paschoal, da turma do MBL e até de Olavo de Carvalho, o mentor intelectual do atual governo. Perceberam que é melhor ir a nado em busca da superfície, do que esperar que o navio onde estavam embarcados, os pudesse conduzir a qualquer lugar em segurança. Eleitores do presidente continuam postando vídeos nas redes sociais, mostrando descontentamento e arrependimento, por terem acreditado que ele fosse capaz de governar o país.

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Para piorar, numa tentativa desesperada e irresponsável de manter-se no cargo, o que a cada dia fica mais improvável que consiga, o presidente ataca as instituições, diz que o país é ingovernável sem conchavos (descobriu a pólvora) e convoca uma manifestação com o que ainda resta de seus apoiadores, para vitimizar-se diante da sociedade, culpando a opinião pública, o congresso e toda a classe política (da qual ele faz parte há 30 anos), por estarem atrapalhando o crescimento do país.

Dessa forma, ele ignora a sua incapacidade de articulação e tenta promover uma espécie de revolução bolsonarifascista. Dará mais um tiro sairá pela culatra. Não bastou ele lá do Texas, ter chamado estudantes, professores, reitores e outros cidadãos que manifestavam democraticamente por seus direitos, de "Massa de manobra", "Idiotas inúteis" e "Imbecis" Em seu retorno ao Brasil, ele ratificou a fala, provando que é obtuso demais para estar à frente de uma nação tão grande e plural quanto a nossa.

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Quando penso que deixamos de eleger um educador, para eleger um ditador limitado de raciocínio, concluo que o país precisa libertar-se, urgentemente, da ignorância, do ódio à cultura e do anti intelectualismo propagados pela extrema direita bolsonarista, durante a campanha presidencial. Parafraseando o próprio presidente, na ocasião do pedido de Impeachment contra Dilma Rousseff, eu diria que ele deve sair de lá de qualquer maneira. Impeachmado ou renunciante. Porém, vivo e com muita saúde, para entender que um governante não deve gerir um país, através do medo. Para saber que não se enquadra minorias, intimidando-as ou sugerindo que elas desapareçam. Para perceber que liderança, é um direito que conquistamos, e não um dever que impomos aos outros. Apesar de quase 30 anos de vida pública, o atual presidente não aprendeu como se faz política. Habilidade esta, que o seu vice, mesmo não sendo do ramo e estando longe de ser a melhor opção para substituí-lo, tem de sobra.

Impeachment e Mourão Não!

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