Educação: questão de estado e não de governo

Foi preciso que um torneiro mecânico, sem formação universitária, chegasse à presidência para que existisse um projeto de inclusão, e de expansão da Educação no Brasil

Foi preciso que um torneiro mecânico, sem formação universitária, chegasse à presidência para que existisse um projeto de inclusão, e de expansão da Educação no Brasil
Foi preciso que um torneiro mecânico, sem formação universitária, chegasse à presidência para que existisse um projeto de inclusão, e de expansão da Educação no Brasil (Foto: Reginaldo Lopes)


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O discurso do ex-presidente Lula em Brasília, durante seminário do PT sobre Educação, foi de um estadista. Ele destacou como fato mais importante da atualidade brasileira a consciência política adquirida pela juventude. O maior acesso ao sonho do ensino técnico e universitário fez o jovem sonhar, e sobretudo, compreender que pode mais e que tem lugar no mundo.

Essa categoria social- a faixa dos 16 aos 26 anos- tendo acesso à Educação, é o motor que move, nas palavras de Lula, uma nação rumo ao futuro. O jovem, principalmente o de baixa renda, tem consciência de que o conhecimento é fundamental para buscar sua sobrevivência no mercado de trabalho.

Lula afirmou, com razão, de que a elite brasileira deveria ter vergonha da maneira com que tratou a Educação no Brasil. Em 1538, Santo Domingo já tinha sua primeira universidade. O Peru, em 1551. Enquanto a Argentina, em 1918, passava pela sua primeira reforma universitária, o Brasil inaugurou a sua primeira universidade dois anos depois. Isso evidencia o pouco caso da elite dirigente com o povo brasileiro, uma vez que filhos dela iam estudar fora do país.

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Foi preciso que um torneiro mecânico, sem formação universitária, chegasse à presidência para que existisse um projeto de inclusão, e de expansão da Educação no Brasil. Isso se deu com a criação de universidades federais e escolas técnicas, além da ampliação de vagas das já existentes, criação de milhares de campi universitários afastados dos chamados grandes centros e, claro, pelo financiamento estudantil através de programas como o Fies e o ProUni. Hoje, não por acaso, Lula é internacionalmente reconhecido com vários títulos de doutor honoris causa.

A ascensão social dos jovens, os colocaram em uma marcha irrefreável em defesa da capacitação profissional e universitária em um contexto de sucateamento da educação brasileira, promovido pelo governo ilegítimo. Cortes orçamentários dramáticos, na ordem de 30% para o próximo ano atingem todas as faixas educacionais.

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Uma atitude suicida, segundo Lula. Ver a educação como gasto, como déficit, e não como investimento é ir na contra mão de todos os países capitalistas desenvolvidos.

A prioridade para o governo ilegítimo é favorecer o rentismo em detrimento da produção, o que sucateia a economia. Os investidores chegam não para realizar novos investimentos, mas comprar os já realizados, amortizados, comprando-os a preços baratos. Não são investimentos em novas plantas industriais, mas em bases já desenvolvidas, lucrativas, prontas para gerar riquezas com produção, consumo, arrecadação e investimentos. O dinheiro que chega é apenas para extrair valor do país para remeter lucros e dividendos ao exterior, em prejuízo dos trabalhadores.

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Enquanto isso, estão bloqueadas as condições para o capital nacional desenvolver: inexistem juros e empréstimos favoráveis à produção, ao emprego, à arrecadação e aos investimentos.

Lula coloca como grande desafio a construção de uma cadeia produtiva necessária a um país continental como o Brasil, detentor de riquezas estratégicas que são extraídas e exportadas a custos baixos, sem valor agregado. Para vencer esse desafio, é preciso elevar a taxa de conhecimento científico e tecnológico médio da população, com melhor distribuição de renda. E a educação deve ser a alavanca do desenvolvimento nacional.

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A posição do ex-presidente é a oposta da política dos terríveis cortes de investimentos em educação, saúde, infraestrutura impostos pelo congelamento de gastos públicos do governo neoliberal do ilegítimo Temer. O fim imediato desse congelamento é a única saída, também apontada por Lula, capaz de retomar qualquer tipo de desenvolvimento no Brasil.

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