Que o combate à corrupção pese sobre o partido do Chico e o do Francisco
O combate à corrupção deve prosseguir, é claro. Mas que prossiga nas mãos de promotores, procuradores, magistrados e policiais que se mantenham republicanamente longe do brilho sedutor dos holofotes
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Recente pesquisa informa que a corrupção alcançou o primeiro lugar na lista de preocupações dos brasileiros.
É óbvio que a corrupção é um problema extremamente sério, e ninguém em sã consciência e de boa-fé pode exigir menos do que o combate implacável a essa verdadeira chaga.
Só desinformados, porém, elevam-na ao primeiro posto em suas listas de preocupações.
Com relação aos nefastos efeitos da corrupção - a drenagem de recursos essenciais ao desenvolvimento do país -, a sonegação fiscal é muito mais deletéria, visto que o prejuízo é dezenas de vezes maior. Câncer ainda pior do que a corrupção, e mesmo do que a sonegação fiscal, é a destinação de quase metade de tudo o que a União arrecada para a farta remuneração, via dívida pública, de banqueiros e especuladores que nada produzem além de extrema desigualdade.
O combate à corrupção deve prosseguir, é claro.
Mas que prossiga nas mãos de promotores, procuradores, magistrados e policiais que se mantenham republicanamente longe do brilho sedutor dos holofotes.
Que prossiga de forma não-seletiva, pesando igualmente sobre o Partido do Chico e sobre o Partido do Francisco.
E, principalmente, que prossiga sem eclipsar, dolosa ou culposamente, outras mazelas ainda mais importantes, cujo enfrentamento incomodaria peixes efetivamente grandes e pesados.
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