Queiram ou não vão ter de engolir o sapo barbudo

O novo presidente do STF, Dias Toffoli, "não colocará em pauta este ano, para julgamento do plenário, as ADCs sobre prisão após condenação em segunda instância, mantendo a posição da sua antecessora", destaca o colunista Ribamar Fonseca; "Juízes de todas as instâncias, incluindo os ministros dos tribunais superiores, têm consciência de que a condenação de Lula foi uma armação, sem nenhuma base legal, mas, por medo da Globo ou inexplicável ódio ao ex-presidente, mantiveram a condenação, o que faz do líder petista um preso político"; afirma; "O povo deve votar maciçamente em Haddad, para salvar a democracia e o Brasil", acrescenta

Queiram ou não vão ter de engolir o sapo barbudo
Queiram ou não vão ter de engolir o sapo barbudo (Foto: Esq.: Nelson Jr. (STF) / Dir.: João Valério)


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Qual a diferença entre os ministros Dias Toffoli e Carmen Lucia, ambos nomeados por Lula para o STF? Resposta: a barba de Toffoli. O novo presidente da Suprema Corte, conforme divulgado por colunistas e confirmado por ele próprio em sua primeira entrevista, não colocará em pauta este ano, para julgamento do plenário, as ADCs sobre prisão após condenação em segunda instância, mantendo a posição da sua antecessora. Ou seja, se depender da Justiça o ex-presidente não sairá da prisão antes de cumprir a pena injusta, porque sem nenhum crime, imposta pelo juiz Sergio Moro e confirmada e ampliada pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região. Isto porque todos os juízes de todas as instâncias, incluindo os ministros dos tribunais superiores, tem consciência de que a condenação de Lula foi uma armação, sem nenhuma base legal, mas, por medo da Globo ou inexplicável ódio ao ex-presidente, mantiveram a condenação, o que faz do líder petista um preso político.

Os seus inimigos na mídia, diante da provável vitória de Fernando Haddad, já começaram a pressionar o candidato petista para não indultá-lo, convencidos de que essa seria uma de suas primeiras medidas como novo Presidente da República. Obviamente o indulto a Lula deveria ser um dos primeiros atos do seu candidato, caso eleito, pois essa é a única medida legal, fora do Judiciário, capaz de reparar a injustiça, reconhecida internacionalmente, praticada pela Justiça brasileira contra o líder petista. O ex-presidente, no entanto, não quer indulto, porque sabe que é inocente. Ele quer que a própria Justiça repare o seu erro, julgando-o com isenção, o que implicará naturalmente em inocentá-lo, porque ele não cometeu nenhum crime. O medo de vê-lo livre, porém, como consequência natural da eleição de Haddad, já movimenta a mídia golpista, em especial a Globo, com o objetivo de dissuadir o provável novo presidente de semelhante ato. Perda de tempo, porque mais cedo ou mais tarde Lula será libertado, se não for pela própria Justiça será por ato do Executivo.

Na verdade, eles vão ter de engolir o sapo barbudo, porque ele voltará – e forte – ao cenário político, não como Presidente mas como principal conselheiro do novo Presidente, para desespero dos seus perseguidores. A não ser que decidam praticar um novo golpe, sepultando de uma vez a nossa enferma democracia, o que deixaria o Brasil numa situação muito difícil perante o resto do mundo. Um novo retrocesso, logo em seguida ao estrago feito pelo primeiro sob a presidência de Temer, poderá ser o fim da nossa nação, que vem sendo destruída de modo acelerado, inclusive com a perda da nossa soberania mediante a entrega de setores estratégicos para os estrangeiros, com a conivência das instituições que tem o dever de defende-la. Os entreguistas tem pressa porque sabem que a eleição de um governo de esquerda, sobretudo do PT, significará a anulação de todas as operações que entregaram, entre outros, nosso petróleo para as multinacionais estrangeiras. O povo, portanto, precisa ter consciência de que uma vitória de Haddad, mais do que uma vitória da esquerda, será uma vitória do Brasil contra os seus inimigos internos e externos.

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O pleito já está polarizado entre Bolsonaro e Haddad, o que significa que um dos dois será o novo Presidente do Brasil a partir de primeiro de janeiro do próximo ano. O ex-capitão, mesmo hospitalizado e sem participar diretamente da campanha, lidera as pesquisas de intenção de votos, o que levou alguns analistas a acreditarem que ele poderá vencer já no primeiro turno. Os que assim pensam levam em conta a chamada "Onda Bolsonaro", muito semelhante à "Onda Collor" que conduziu Fernando Collor ao Palácio do Planalto. Essa "onda" é sustentada e estimulada nas redes sociais, onde o candidato do PSL parece ter uma eficiente equipe de fabricantes de notícias, fake news e vídeos, já que não tem espaço na mídia tradicional. Além disso, seus seguidores se revelam fanáticos, defendendo as ideias malucas do seu líder e se tornando fascistas como ele, agredindo qualquer um que não reze por sua cartilha. O candidato petista Fernando Haddad, que também não tem espaço na mídia golpista, precisa igualmente montar urgentemente uma eficiente equipe para atuar nas redes sociais, de modo a anular o avanço de Bolsonaro e disputar com ele o voto dos eleitores que passam o dia de olho na telinha do celular, acreditando em praticamente tudo o que circula na Internet.

O fato é que a eleição de Bolsonaro seria o mesmo que um golpe, porque seria a vitória do fascismo, do autoritarismo, do entreguismo. Os generais, que o visitam no hospital, iriam bater continência ao capitão, que seria o seu comandante, e o Brasil se lançaria de vez no colo dos Estados Unidos, que tem um projeto para transformar as nossas Forças Armadas em milícias e sonham em ocupar parte da Amazônia, onde conhecem bem onde estão as riquezas do subsolo. De todos os candidatos à Presidência, Bolsonaro é o mais danoso ao país, com idéias que vão do armamento da população ao uso de armas para resolver os problemas do país. Ele não tem sequer um projeto de governo. Seu vice também não ajuda, com opiniões preconceituosas contra as mulheres, negros e índios. Se por acaso vencer – Deus livre o Brasil! – os principais responsáveis pelos danos causados ao país serão a mídia, em especial a Globo que criminalizou a classe política, e o Judiciário, particularmente a Suprema Corte, que impediu Lula de ser candidato.

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Não se pode, porém, perder de vista a ameaça velada feita pelo próprio Bolsonaro sobre a possibilidade de um golpe militar caso perca a eleição. Provavelmente convencido de que não conseguirá vencer nas urnas, diante de um inevitável segundo turno com Fernando Haddad, quando poderá ter contra si todos os demais candidatos, o ex-capitão, empolgado com a repercussão da sua candidatura, aparentemente vislumbra a conquista do Palácio do Planalto mediante um novo golpe, agora com a participação dos militares, com os quais está perfeitamente afinado. A sociedade civil, como alertou a Folha de São Paulo em editorial, deve estar atenta para as declarações ameaçadoras do candidato do PSL, que acenderam a luz amarela para um eventual novo regime de exceção. A visita de generais a ele no hospital Albert Einstein parece bem significativa. Justamente por causa dessa ameaça é que o povo deve votar maciçamente em Haddad, para salvar a democracia e o Brasil.

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