Declaração de Carlos Bolsonaro gera crise no governo do pai

As declarações dos "garotos Bolsonaros", sobretudo a do deputado Eduardo sobre o fechamento do STF e do Carlos sobre conspiração de aliados pela morte do pai, precisam ser investigadas a fundo pelo Ministério Público Federal e pela Polícia Federal, para que sejam devidamente esclarecidas



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O Vereador Carlos Bolsonaro (PSL-RJ) no dia 28 às 22:37, utilizou o seu twitter pessoal para declarar que existem pessoas próximas do presidente eleito Jair Bolsonaro, que estão interessadas em sua morte.

Tal declaração poderia passar até incólume na grande mídia, se não fosse feita pelo filho do novo Presidente da República, mas não foi isso que ocorreu. As palavras de Carlos Bolsonaro causaram um tsunami no mar de aliados do novo presidente, principalmente em sua equipe de transição.

Analisando friamente essa declaração, todos que tem razoabilidade no pensamento, chegam a conclusão de que o filho de Jair Bolsonaro estava se referindo diretamente do General Hamilton Mourão (Vice Presidente eleito), primeiro na linha de sucessão em todos os tipos de casos, inclusive no de morte.

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Segundo o site JC Online, procurado o General Mourão disse: "Essa aí eu não sei".

Confira aqui.

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Opinião do Blog

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As declarações polêmicas dos filhos de Jair Bolsonaro são apenas reflexos diretos da escola que ele próprio produziu e publicizou ao longo de sua jornada política inteira.

Não é novidade pra ninguém, que os hoje - "por cima da carne seca" - Bolsonaros adoram holofotes e manchetes de jornais e revistas.

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Eduardo, outro filho que é deputado federal, outro dia disse: "Pra fechar o STF basta um soldado e um cabo". Também gerou polêmica e indignação na justiça brasileira. Segundo o Ministro Celso de Mello, decano da corte, ela foi " inconsequente e golpista".

Já o Papai Bolsonaro, que deseja a maioridade penal de 18 para 14 anos, minimizou o episódio dizendo"Já adverti o garoto", um marmanjo de 34 anos, que na sua visão é apenas um garotinho que fez uma "danação, como se diz no nordeste, quando uma criança levada e desobediente comete uma infração.

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Os filhos do Messias que veio salvar o País do flagelo da corrupção com alguns de seus ministros suspeitos dela, estão tendo um protagonismo que nenhum um outro filho de presidente teve na história do Brasil.

Vejamos: Sarney dos 3 filhos, apenas Roseana ganhou projeção nacional por ser a musa da constituinte em 1988. Com Collor, seus filhos eram crianças e não apreciam na mídia, quem ganhou destaque nessa época foi o seu irmão Pedro, que foi o pivô da crise em seu governo que culminou com o seu declínio e renúncia.

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No governo Itamar quem teve destaque foi a "sua namorada" e modelo Líliam Ramos, aquela mesma que causou furor quando apareceu sem calcinha, só com uma camisa branca com desenhos coloridos na frente, num camarote na Marquês de Sapucaí no Carnaval do Rio.

No governo FHC seu filho Paulo Henrique se envolveu num escândalo de falsificações de obras de arte e operações coma Brascken e offshores no Panamá.

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Já na era Lula, dois filhos ganharam destaque na mídia: Lulinha e Lurian. Um porque virou um empresário de sucesso e outro por acompanhar o pai, militando na política.

No governo Dilma, a sua única filha, a Procuradora do Trabalho no Rio Grande do Sul, Paula Rousseff Araújo, sempre foi discreta e evitava aparições públicas.

Recentemente no governo Temer, Maristela sua filha, foi envolvida no relatório final sobre corrupção no setor portuário, onde "há indícios concretos" de que o dinheiro de propina da JBS ao seu pai, pagou uma reforma grande em sua casa em São Paulo.

Reveja aqui.

Porém, as declarações dos "garotos Bolsonaros", sobretudo a do deputado Eduardo sobre o fechamento do STF e do Carlos sobre conspiração de aliados pela morte do pai, precisam ser investigadas a fundo pelo Ministério Público Federal e pela Polícia Federal, para que sejam devidamente esclarecidas.

Para finalizar, o governo Bolsonaro que ainda nem começou por direito e sua família toda, não saí da pauta da mídia. A impressão que se tem, é que os filhos querem brilhar - polemicamente falando - mais do que o próprio pai, num jogo de de egos megalomaníacos desproporcionais.

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