Nova conjuntura expõe fim do comando de Temer

Ungido à condição de avalista do Impeachment de Dilma Rousseff aos poucos Temer enfrenta o efeito da maré contra, sem mais dispor de condições de diálogos com setores do PMDB fazendo-o menor internamente e, como consequência, para fora do partido sem condições mais de ser presidente do partido



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Antes da crise gerada pela nova posição crítica do vice-presidente Michel Temer à Gestão Dilma Rousseff, da qual faz parte desde o primeiro mandato, o também presidente do PMDB mantinha a hegemonia de liderança no partido como principal avalista da governabilidade do País.
Todos, com raras exceções, o consideravam a figura chave dos entendimentos para dentro e fora do partido.

Nesta quinta-feira de alta expectativa em torno do Supremo Tribunal Federal, Temer enfrentou a primeira derrota interna no PMDB ao assistir o retorno à Liderança partidária do deputado federal Leonardo Picciani em processo contrário ao que ele patrocinou com a ascensão do mineiro Leonardo Quintão.

Na prática, sem tirar nem por, o vice-presidente já não dá mais as cartas como antes porque, dividido, o PMDB agora majoritário se reergueu com a força do partido a partir do Rio de Janeiro tem, sem dúvidas nenhuma, o aval do Governo Federal.

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REAÇÃO IMEDIATA

O presidente do Senado, Renan Calheiros, voltou a tratar de um assunto muito desconfortável para o vice-presidente da República, Michel Temer, que o acusou de postura de "coronel" do PMDB, diante da vitória de Leonaro Picciani na Liderança do PMDB.

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Disse ele: "O PMDB sempre foi partido aberto, democrático, sem dono, sem coronel", disse Renan. "A decisão da bancada mostra isso. Por mais que o Michel quisesse ser coronel, ele não conseguiria. Tem que decidir sobre a vontade das pessoas, não basta distribuir cargos", acrescentou, em referência à decisão da bancada do PMDB que restituiu Leonardo Picciani (RJ) à liderança nesta quinta-feira 17.

SALDO DE AGORA EM DIANTE

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Ungido à condição de avalista do Impeachment de Dilma Rousseff aos poucos Temer enfrenta o efeito da maré contra, sem mais dispor de condições de diálogos com setores do PMDB fazendo-o menor internamente e, como consequência, para fora do partido sem condições mais de ser presidente do partido.

Este é, de agora em diante, a maior das perdas do sereno e constitucionalista do PMDB são-paulino mas que deixou perder seu acervo político sem voto popular, mas com muita expressão política interna, porque deixou-se ser picado pela mosca azul de um Poder hipotético (com a queda de Dilma), que tende a não se efetivar.

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Em qualquer das circunstâncias, ele passa ser um ator importante da Oposição, que nele confia apenas como trampolim, perdendo o vice-presidente o maior de seu legado, a confiabilidade e tirocínio de manter-se dentro do Estado Democrático de Direito.

Quando terminar esta crise, vai ter dificuldade até de se reeleger deputado federal.

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Como se diz lá no bairro da Torre, em João Pessoa, "e quando a cabeça não pensa é o corpo que padece.".
Temer está menor.

ULTIMA

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"Quem sabe faz a hora/ não espera acontecer..."

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