Torcer ou não torcer pela Seleção e o exemplo de Ariano Suassuna e Capiba

Sei que a maioria, na hora do apito, vai torcer, sim. Mas a minoria tem que ser respeitada. Aliás, ambas merecem respeito. Não vamos cair na esparrela dos "não vai ter Copa", que, em 2014, por simples desejo de derrubar Dilma, fizeram um escarcéu

neymar copa
neymar copa (Foto: Washington Luiz de Araújo)


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Para Yoyo

O jogo está quente, pelando, entre o povo da esquerda que torce pela Seleção Brasileira e o que não quer ver Neymar nem na Sibéria. O fato me leva a duas grandes figuras de nossa cultura: o multiartista Ariano Suassuna e o grande compositor Capiba, sob o mesmo o mesmo mote: futebol.

Numa segunda-feira de manhã, Ariano aceita o convite de Capiba e vai à casa dele para prosear, como já era de rotina. Chegando lá, Ariano encontra um Capiba todo feliz com o seu Santa Cruz, que havia acabado de ganhar um torneio. Fanático pelo Sport Recife, Ariano deu de menosprezar o título conquistado pelo time da cobra coral. Um bate-boca se instalou ao ponto do autor do "Auto da Compadecidda" sair batendo o pé da casa do compositor de "Voltei, Recife".

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Chegando em casa, Ariano, ainda aturdido com a discussão foi conversar com a esposa: "Zélia, danado, vou a casa de Capiba a convite dele e brigo por causa de futebol? Vou lá pedir desculpas". Pede um táxi e sai.

Chegando, bate na porta e quem atende é a esposa de Capiba, Zezita, que vai falando: "Capiba não está, não. Acabou de sair. Virou-se pra mim e disse: 'Zezita, danado, recebo Ariano aqui em nossa casa e o destrato por causa de futebol. Vou lá na casa dele pedir desculpas'."

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Então, seguindo o exemplo dos dois grandes pernambucanos (Ariano era porque queria, pois nasceu na Paraíba), vamos colocar uma pedra nessa história de ficar acusando um ou outro por torcer ou não torcer pela Seleção.

Sei que a maioria, na hora do apito, vai torcer, sim. Mas a minoria tem que ser respeitada. Aliás, ambas merecem respeito. Não vamos cair na esparrela dos "não vai ter Copa", que, em 2014, por simples desejo de derrubar Dilma, fizeram um escarcéu. Derrubaram, mas foi penal e todo mundo saiu goleado. Mas isso é outra história.

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Obs: Havia lido sobre essa história, posteriormente a confirmei com Suassuna. Os diálogos são frutos da minha parca memória sobre o que ouvi do grande autor.

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