Como Lula não cai, decidiram retirá-lo das pesquisas
Em um arroubo de desonestidade, pesquisa aparece pela primeira vez sem o nome de Lula. Pior para o Brasil, que vê o crescimento do fascismo de Jair Bolsonaro, uma reação tímida dos demais candidatos da centro-esquerda e o aumento dos brancos, nulos e indecisos. Sem Lula, a eleição fica mais imprevisível e com chances reais de uma ascensão fascista ao poder.
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A pesquisa divulgada na manhã desta terça-feira (5) pelo portal Poder 360 é a primeira a retirar o nome do ex-presidente Lula (PT) da disputa. A remoção, que se não é crime eleitoral é desonesta, pois retira do ideário popular um sujeito que neste momento tem as mesmas condições de disputa do que todos os outros pré-candidatos.
Pior: retira o nome do pré-candidato que lidera todas as pesquisas de intenção de votos de todos os institutos, em todos os cenários de primeiro e segundo turno. É uma antecipação do Golpe que há de se consumar contra a candidatura do petista, corroborada pelo veículo.
A estratégia de parte da imprensa que já escolheu um lado, apesar de fingir que não escolheu, é a mesma: deslegitimar a candidatura de Lula para que ele seja lido como ‘não candidato’. Como esta estratégia dura meses e só tem reforçado o petista na dianteira das pesquisas, não resta alternativa além de retirar o nome do ex-presidente da República por dois mandatos das inquirições.
O resultado de uma pesquisa construída sem Lula demonstra como seria um cenário sem ele: brancos, nulos e indecisos lideram acima dos 30% nos três cenários pesquisados. Jair Bolsonaro (PSL) aparece em todos com resultados acima dos 20%, seguido de Ciro Gomes (PDT) em todos os cenários, mas sempre com pelo menos 10% atrás do candidato da extrema-direita.
Outro dado importante parece ser a inclusão o nome de Fernando Haddad (PT) na pesquisa. O ex-prefeito de São Paulo não está em campanha, dedicando-se exclusivamente a construção do plano de governo de Lula, e ainda assim aparece com 8% das intenções de voto, em um empate técnico com Ciro Gomes em dois cenários, esgarçando-se as margens de erro.
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