O Mito comeu a língua do Moro

Moro, antes falastrão em um cargo jurídico, onde atuava de forma política, cala-se ao alçar voo para um cargo político de indicação política, onde teria toda a liberdade do mundo para opinar sobre o que bem entendesse; O presidente eleito Jair Bolsonaro vai embebedar o Juiz com o poder que ele tanto anseia e seu destino no STF mas, para isso, o Mito comeu a língua do Moro

O Mito comeu a língua do Moro
O Mito comeu a língua do Moro (Foto: Lula Marques/Agência PT)


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Se tem uma coisa que a gente não pode negar é que o governo eleito de Jair Bolsonaro já promoveu seus pequenos milagres antes mesmo de assumir o poder executivo federal. O Capitão, com seu jeito tosco de falar, reflexo direto de seu jeito de pensar, nunca foi articulado em entrevistas, debates ou em aparições públicas, conseguiu fazer com que a voz de um de seus mais importantes assessores sumisse.

O superministro Sérgio Moro, quando ainda era juiz federal, jogava-se em qualquer holofote que piscasse por perto, se agarrava em qualquer microfone de imprensa que passasse em sua frente. Moro era incalável. Comentava seus processos em longas entrevistas, contrariando a recomendação de pronunciar-se somente nos autos, gotejava informações privilegiadas para colunistas e jornalistas amigáveis. Era um pop-star, presença constante em festas e eventos, capa garantida dos jornalões e revistinhas.

Ao virar ministro, Moro calou.

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Não comenta mais nada. Não tem mais opiniões sobre os processos que correm ou deixam de correr. Não fala mais sobre corrupção, sobre denúncias, sobre investigações. Não tinha nada a dizer sobre seus colegas de primeiro escalão com extensa lista de processos, não deu um pio sobre o ex-motorista de Flávio Bolsonaro, que movimentou muita grana suspeita, recebendo depósitos de assessores do clã político.

Moro, antes falastrão em um cargo jurídico, onde atuava de forma política, cala-se ao alçar voo para um cargo político de indicação política, onde teria toda a liberdade do mundo para opinar sobre o que bem entendesse.

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É o preço que Moro paga por sua ambição. Está ministro de Bolsonaro pensando em ser levado para o STF, como fez Alexandre de Moraes, ministro de Temer que hoje ocupa assento na Suprema Corte. Pra isso, não pode contrariar seu patrão, o Capitão. Bolsonaro montou uma equipe de notáveis bandidos para o primeiro escalão e colocou, junto deles, o juiz que se tornou símbolo de combate à corrupção, caladinho, debaixo de suas asas.

O Capitão vai embebedar o Juiz com o poder que ele tanto anseia mas, para isso, o Mito comeu a língua do Moro.

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