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Brasília

CPMI fará acareação entre Costa e Cerveró

Os dois ex-diretores da Petrobras, que têm versões diferentes sobre o esquema de propina na estatal, ficarão frente a frente no Congresso; CPMI também aprovou nesta tarde as convocações do ex-diretor Renato Duque, preso na sexta-feira no âmbito da Operação Lava Jato, e Sérgio Machado, presidente da Transpetro

Os dois ex-diretores da Petrobras, que têm versões diferentes sobre o esquema de propina na estatal, ficarão frente a frente no Congresso; CPMI também aprovou nesta tarde as convocações do ex-diretor Renato Duque, preso na sexta-feira no âmbito da Operação Lava Jato, e Sérgio Machado, presidente da Transpetro (Foto: Gisele Federicce)
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Agência Câmara - A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras aprovou a realização de uma acareação entre os ex-diretores da Petrobras Nestor Cerveró, da Área Internacional, e Paulo Roberto Costa, de Abastecimento, preso pela Polícia Federal na Operação Lava Jato.

A solicitação foi feita pelo deputado Enio Bacci (PDT-RS). "O Paulo Roberto afirmou que o Cerveró recebeu propina, sim, e o Cerveró negou em 10 de setembro. Vamos colocar os dois frente a frente", disse.

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O líder do governo no Congresso, senador José Pimentel (PT-CE), votou contra a proposta e lembrou que Costa já veio à comissão e decidiu não falar nada. "Para fazer matérias para a imprensa, não se precisa gastar dinheiro público para virem aqui presos e ficarem calados", disse o parlamentar, que também é relator da CPI da Petrobras no Senado.

Bacci rebateu e disse que o gasto de dinheiro público não está em passagem de avião para a acareação, mas nos "bilhões desviados na Petrobras".

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A comissão está votando pedidos para alguns requerimentos serem analisados antes de outros.

Fim da CPMI

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Caso o requerimento para prorrogar os trabalhos por mais um mês não atinja o número mínimo de assinaturas, esta deve ser a última semana da CPMI, programada para terminar neste domingo (23). Faltam assinaturas de 122 deputados para totalizar o mínimo de 171; pelo Senado, já há número suficiente (27).

Convocações de Renato Duque e Sérgio Machado são aprovadas

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A CPMI da Petrobras aprovou as convocações do ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque, preso na Operação Lava Jato na sexta-feira (14); e do presidente licenciado da Transpetro, Sérgio Machado.

"É imperativa a vinda do Sérgio Machado em virtude dos desmandos já analisados na Transpetro", disse o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS). Para o deputado Sandro Mabel (PMDB-GO), devem ser priorizadas as convocações de pessoas já presas pela Polícia Federal na Operação Lava Jato.

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O executivo da empresa Toyo Setal Augusto Mendonça Neto revelou em depoimento a procuradores da República que pagou cerca de R$ 60 milhões em propina a Duque.

Já Machado foi citado na Operação Lava-Jato por supostamente participar de irregularidades na compra de navios para a Transpetro. O ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa afirmou, em depoimento à Justiça Federal, que Machado teria pago a ele R$ 500 mil para direcionar uma licitação de navios.

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CPMI da Petrobras quebra sigilos de tesoureiro nacional do PT

A comissão aprovou, em uma votação apertada (12 votos a favor e 11 contra), a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico do tesoureiro nacional do PT, João Vaccari Neto, de 2005 a maio de 2014. A reunião da CPMI já foi encerrada por causa do início da Ordem do Dia do Plenário.

Em depoimento à Justiça do Paraná, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, preso pela Polícia Federal na Operação Lava Jato, afirmou que Vaccari era o responsável no PT por receber propina do esquema que teria desviado R$ 10 bilhões da estatal.

Parlamentares da base do governo criticaram a aprovação. "Busca-se somente a disputa partidária nesse caso. O senhor Vaccari não tem, neste instante, nenhum indiciamento", afirmou o senador Wellington Dias (PT-PI). Segundo ele, se for para analisar contas de tesoureiros de partidos, é necessário chamar os demais partidos, que receberam doações de campanhas das empreiteiras sob suspeita na Operação Lava Jato.

"Vamos quebrar o sigilo de todos [os tesoureiros] e, quem sabe, de presidentes de partidos também", sugeriu a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM). A proposta, porém, não obteve o apoio de parlamentares da oposição.

O presidente do PMDB, senador Valdir Raupp (PMDB-RO), também criticou a convocação do tesoureiro do PT e aproveitou para negar que Fernando Soares, conhecido como "Fernando Baiano", seja operador do partido em negócios da Petrobras, como aponta a Justiça do Paraná. "O PMDB nunca teve um operador e nunca precisaria disso. Por que um partido político precisa ter um operador?", questionou.

Convocações

A CPMI também aprovou a convocação do ex-diretor de Gás e Energia da estatal Ildo Sauer. Em entrevista, Sauer disse que o governo do ex-presidente Lula permitiu que grupos de parlamentares se reunissem com dirigentes da estatal para obter "ajuda". Ele teve os bens bloqueados pelo Tribunal de Contas da União (TCU) por causa da compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos. "Se termina saindo do foco daquilo que é o centro. Estamos falando de algo em que nem o fato é revelado", criticou o senador Wellington Dias (PT-PI).

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