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Brasília

Declarações de Joice repercutem no Congresso: 'não dá para dizer que Jair não sabia'

“Não se pode dizer que o Jair não saiba o que fez o Eduardo, o Carlos, todos Bolsonaro... Há uma milícia super estruturada e paga para disseminar fake news", reagiu o deputado Márcio Jerry. A deputada Sâmia Bomfim lamentou que Joice Hasselmann "só tenha feito a denúncia após o esquema se voltar contra ela”

Deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP) (Foto: Lula Marques)
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247 - Assunto mais comentado do Twitter Brasil, as denúncias feitas pela ex-líder do Governo, deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP), provocaram uma avalanche de declarações de parlamentares na tarde desta quarta-feira (4). Em seu depoimento à CPMI das Fake News, Joice deu detalhes de como a família de Jair Bolsonaro opera ataques em massa a opositores do Governo e afirmou que Eduardo Bolsonaro é o atual responsável pelo comando do chamado "gabinete do ódio". 

“Não se pode dizer que o Jair não saiba o que fez o Eduardo, o Carlos, todos Bolsonaro... Há uma milícia super estruturada e paga com elevados valores para disseminar Fake News e fuzilar reputações. Uma organização criminosa não apenas íntima mas dirigida por Eduardo Bolsonaro, a julgar pelas informações prestadas na CPMI”, declarou o vice-líder do PCdoB, deputado federal Márcio Jerry, que questionou a legitimidade do Presidente Jair Bolsonaro em permanecer no cargo.

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Mesmo questionamento feito pelo Líder da oposição no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP). “Joice Hasselmann revelou, na CPI das Fake News, que os filhos do presidente são mentores do Gabinete do Ódio e há 1,87 milhões de robôs nas redes de Eduardo e [Jair] Bolsonaro. E piora: há MEIO MILHÃO de DINHEIRO PÚBLICO investido em Fake News. Que validade tem uma gestão sob essas circunstâncias?”,  indagou.

Já o deputado federal Bohn Gass (PT-RS) declarou surpresa com os ataques dirigidos ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, e líderes do Parlamento. “ministros do STF e os presidentes da Câmara [Rodrigo Maia] e do Senado [Davi Alcolumbre] foram alvos do Gabinete do Ódio, a estrutura montada por Bolsonaro no Planalto, com funcionários pagos com dinheiro público e com o objetivo de destruir reputações”, alertou.

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Eleita pelo PSOL-SP, Sâmia Bomfim lamentou que as denúncias feitas pela ex-aliada só tenham ocorrido após os integrantes da família Bolsonaro a declararem inimiga. “O ‘gabinete do ódio’ agia como milícia digital bolsonarista. Liderada pelos filhos do presidente, contava com a participação de deputados e assessores. Pena que Joice só tenha feito a denúncia após o esquema se voltar contra ela”.

Também ex-aliado do Governo de Jair Bolsonaro, o deputado federal Alexandre Frota (PSDB-SP) usou o deboche para mostrar a mágoa com família. Ao comentar um ano da denúncia sobre as movimentações questionáveis feitas pelo ex-policial militar Fabrício Queiroz, assessor do então deputado estadual Flávio Bolsonaro, Frota exibiu um bolo para comemorar a data. Antes, o deputado alfinetou os colegas da Comissão.

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“Tem alguém aqui dentro dessa sala, que a senhora suspeita que faz parte também desse grupo [do ódio]? Sim ou não? Não precisa dar nomes.”

Além de relatar o uso de R$ 500 mil de dinheiro público para comprar os pacotes de  ataques de "perseguições de desafetos", Joice ainda comentou que foi pressionada por ao menos quatro ministros para que não comparecesse na audiência. Ela também revelou que o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ) chegou a cogitar a instalação de uma agência espiã, nos moldes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para investigar inimigos políticos.

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Por sugestão da ex-líder, a CPMI deverá convidar o ex-ministro da Secretaria-Geral da República, Gustavo Bebianno, para comentar o caso. Todos os materiais exibidos por Joice foram colocados à disposição da CPMI, que deverá verificar a autenticidade das denúncias apresentadas.   Antes das 18 horas, a hastag com o nome da Joice Hasselmann já tinha mais de 30 mil comentários no Twitter.

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