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Brasília

Estudioso lança livro sobre Segurança Alimentar

A alimentação representa mais do que comer, evoca os aspectos lúdicos associados à comida, às memórias olfativas e gustativas, às relações sociais que estão por traz dos pratos e dos eventos da comida; não basta só ter o direito de garantia permanente de acesso ao alimento. A ideia do Direito ultrapassa o imediato; vai muito além do que saciar a fome; este é o ponto de partida do debate que acontece na próxima quarta-feira (27), às 14 horas, no Centro de Estudos Avançados Multidisciplinares (Ceam), da UnB; o encontro marca o lançamento do livro “Segurança Alimentar e Nutricional e Necessidades Humanas”, do economista e professor adjunto do Departamento de Serviço Social da UnB, Newton Narciso Gomes Júnior

A alimentação representa mais do que comer, evoca os aspectos lúdicos associados à comida, às memórias olfativas e gustativas, às relações sociais que estão por traz dos pratos e dos eventos da comida; não basta só ter o direito de garantia permanente de acesso ao alimento. A ideia do Direito ultrapassa o imediato; vai muito além do que saciar a fome; este é o ponto de partida do debate que acontece na próxima quarta-feira (27), às 14 horas, no Centro de Estudos Avançados Multidisciplinares (Ceam), da UnB; o encontro marca o lançamento do livro “Segurança Alimentar e Nutricional e Necessidades Humanas”, do economista e professor adjunto do Departamento de Serviço Social da UnB, Newton Narciso Gomes Júnior (Foto: Leonardo Lucena)
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Brasília 247 - A alimentação representa mais do que comer, evoca os aspectos lúdicos associados à comida, às memórias olfativas e gustativas, às relações sociais que estão por traz dos pratos e dos eventos da comida. Não basta só ter o direito de garantia permanente de acesso ao alimento. A ideia do Direito ultrapassa o imediato. Vai muito além do que saciar a fome. Este é o ponto de partida do debate que acontece nesta quarta-feira (27), às 14 horas, no Centro de Estudos Avançados Multidisciplinares (Ceam), da Universidade de Brasília (UnB). 
O encontro marca o lançamento do livro “Segurança Alimentar e Nutricional e Necessidades Humanas”, do economista e professor adjunto do Departamento de Serviço Social da Universidade de Brasília (UnB), Newton Narciso Gomes Júnior.

A proposta do debate é recuperar a discussão de que a comida é muito mais que um ato para matar a fome. “A segurança alimentar é muito mais do que apenas garantir acesso regular permanente à alimentação para combater a fome. Mas é garantir uma dimensão que integra a humanidade das pessoas”, explica Gomes Jr. Segundo ele, as necessidades humanas compõem uma categoria que na realidade diz respeito a que todo indivíduo tem direito à autonomia crítica. 

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Participam do debate a professora da Pós-Graduação em Política Social da UnB Potyara Amazoneida P. Pereira, do diretor da Associação Brasileira de Reforma Agrária e o doutor em Economia pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Guilherme Delgado e do autor do livro. A mediação será feita pelo diretor da FPA, Joaquim Soriano. Serão distribuídos alguns exemplares do livro durante o evento. O lançamento é promovido pela Fundação Perseu Abramo (FPA) em parceria com Núcleo de Estudos Agrários (Neagri), vinculado ao Centro de Estudos Avançados Multidisciplinares (Ceam), da UnB. 

O marco temporal da discussão sobre segurança alimentar é metade da década de 1970, onde se consolida no Brasil a presença do autosserviço, do supermercado. “O supermercado é um choque brutal no cotidiano das pessoas”, avalia. Segundo o estudioso, este tipo de comércio criou no Brasil um vazio alimentar. “Ele destruiu a rede capilar de varejo, acabou com feira, quitanda, empório, armazém, vendinha, acabou com estes negócios”. 

Paradoxalmente, a atual crise pode funcionar como uma mudança dessas práticas para os pobres. Já começa a aparecer novamente entre os setores de renda mais baixa o hábito de levar marmita. “A marmita se tornou algo próximo de uma alimentação mais adequada. A atual crise, que apertou a vida das pessoas muito, pode levar a uma revisão geral de hábitos”, explica. 

Newton vislumbra uma possível mudança no consumo no país “Talvez este padrão consumista sofra um choque com está crise e talvez seja o momento de se repensar o que está acontecendo. É uma possibilidade”, conta ele. 

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O especialista diz ter convicção de que o Estado é responsável por mudanças e que a única coisa sensata a ser feita, no que diz respeito à alimentação, é uma severa, ampla e vigorosa ação do Estado para a Educação Alimentar e da Educação para o consumo que retomem a ideia do supérfluo, retome a ideia da comida de verdade, que retome a ideia do comedimento na comida. 

Segurança Alimentar e Nutricional e Necessidades Humanas, trecho da apresentação do livro, por Potyara Amazoneida P. Pereira - Uma reflexão teórica, com vivência histórica, sobre segurança alimentar e nutricional associada ao conceito de necessidades humanas, é tarefa imperiosa no capitalismo atual, caracterizado pelo mais frio e desumano afã de lucro. Por isso, este livro do economista e professor Newton Gomes, centrado na realidade brasileira, é mais do que bem-vindo: é de importância e oportunidade incontestes.

Elaborado originalmente como tese de doutorado no Programa de Pós- -Graduação em Política Social da Universidade de Brasília, o livro veicula elucidativas informações referentes à questão alimentar no Brasil e sobre os descaminhos das políticas criadas para enfrentá-la.

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A obra resulta de experiências e inflexões singulares no trajeto profissional e acadêmico do autor: primeiro, de uma prática profissional de 30 anos, nos três níveis de governo (municipal, estadual e federal), na qual implementou políticas públicas e conviveu, como salienta, com o pragmatismo político e urgências administrativas; segundo, e principalmente, de uma mudança de rota radical que ele considera um tardio encontro consigo mesmo, responsável pelo seu retorno à universidade com o firme propósito de embasar teoricamente a sua prática; ou melhor, com a intenção imperiosa, que só assalta os espíritos críticos, de resgatar a dialética da relação entre teoria e empiria, para entender de forma orgânica, complexa e não linear, os reveses das intervenções governamentais nessa seara.

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