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Brasília

Ex-presidente do Carf é alvo de nova denúncia da Operação Zelotes

Ministério Público Federal (MPF) apresentou à Justiça nova denúncia contra o ex-presidente do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) Edison Pereira Rodrigues; ele é acusado de participação em um esquema cujos prejuízos aos cofres públicos chegaram a R$ 43 milhões; Rodrigues é acusado, com mais sete pessoas, de participar de um esquema para dar decisões favoráveis à empresa Mundial S.A., braço brasileiro da multinacional famosa pela fabricação de tesouras, em processos sobre dívida tributária julgados no Carf

Brasília - Ex-presidente do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), Edison Pereira Rodrigues presta depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito que estuda desvios no órgão (Marcelo Camargo/Agência Brasil) (Foto: Paulo Emílio)
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Felipe Pontes, repórter da Agência Brasil - O Ministério Público Federal (MPF) apresentou ontem (15) à Justiça nova denúncia contra o ex-presidente do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) Edison Pereira Rodrigues, desta vez acusado em esquema cujos prejuízos aos cofres públicos chegam a R$ 43 milhões.

Rodrigues é acusado, com mais sete pessoas, de participar de um esquema para dar decisões favoráveis à empresa Mundial S.A., braço brasileiro da multinacional famosa pela fabricação de tesouras, em processos sobre dívida tributária julgados no Carf.

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O Carf é uma espécie de tribunal administrativo da Receita Federal que funciona como última instância de recurso contra a cobrança de impostos.

Junto com Edison Rodrigues, foram acusados o ex-conselheiro do Carf José Ricardo da Silva, a ex-conselheira suplente Adriana Oliveira e Ribeiro, o advogado Anderson Cerioli Munaretto e o delegado aposentado da PF Casimiro de Andrade Emerim, bem como o diretor presidente da Mundial, Michel Lenn Ceitlin, e o diretor financeiro da companhia, Paulo Ricardo de Moraes Machado.

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As acusações são pelos crimes de corrupção ativa, corrupção passiva e formação de quadrilha.

Segundo nota do MPF, o esquema teve início em 2008, quando José Ricardo da Silva, então conselheiro titular do Carf entrou em contato com a Mundial, por intermédio do escritório de advocacia de Edison Rodrigues, para comunicar a existência de diversos processos em tramitação no órgão em desfavor da companhia.

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Os procuradores Frederico Paiva e Herbert Mesquita disseram ter provas sobre a compra de pelo menos um voto de José Ricardo da Silva em favor da Mundial no Carf, em um processo de 2010 no valor de R$ 43 milhões, mas que o favorecimento pode chegar a 29 recursos apresentados pela companhia no órgão.

Edison Rodrigues e Adriana Oliveira tiveram papel chave nas negociações, por possuírem "trânsito livre no tribunal administrativo, uma vez que ela era suplente e ele já havia presidido o Carf por nove anos", diz a nota do MPF.

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O delegado aposentado da PF Casimiro Emerim era quem se reunia com os executivos da Mundial, de acordo com os procuradores.

A Agência Brasil entrou em contato com a Mundial S.A. e, até o momento de publicação da matéria, a companhia não se manifestou sobre a denúncia. A reportagem tentou contato também com os números de telefone do escritório de advocacia de Edison Pereira Rodrigues em Brasília, mas não foi atendida. Os outros acusados não puderam ser localizados.

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Em junho, Edison Rodrigues foi acusado pelo MPF, junto com sua filha Meigan Rodrigues, de participação em um outro esquema para favorecer a empresa TOV Corretora em julgamentos no Carf.

Ao todo, a Operação Zelotes gerou até agora nove processos contra 54 pessoas suspeitas de envolvimento em esquemas de corrupção no Carf, com prejuízos aos cofres públicos que somam R$ 19 bilhões, segundo estimativa do MPF.

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