GDF trabalha para evitar greve de rodoviarios
Representantes dos empresários, dos rodoviários e os secretários de Administração, Wilmar Lacerda, e de Transportes, José Walter Vasquez, voltaram a se reunir neste sábado; para fechar acordo os empresários cobram do governo o pagamento de uma dívida de R$150 milhões, que seria referente a reajustes atrasados da chamada tarifa técnica, que envolve itens como o custo do diesel, de lubrificantes, das peças, de despesas administrativas e da taxa de rentabilidade repassada às empresas; “Não reconhecemos o valor dessa dívida R$150 milhões reclamada pelos empresários”, diz o secretário de administração; GDF reafirmou o compromisso de pagar uma parte, R$ 25 milhões, até a próxima sexta-feira, 13
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Karine Melo, da Agência Brasil - A menos de uma semana para a Copa do Mundo o governo do Distrito Federal (GDF) tenta impedir que motoristas e cobradores de ônibus entrem em greve a partir de segunda-feira, 9. Depois de mais uma tentativa de acordo fracassada nessa sexta-feira, 6, os representantes dos empresários, dos rodoviários e os secretários de Administração, Wilmar Lacerda, e de Transportes, José Walter Vasquez, voltaram a se reunir neste sábado.
Segundo Wilmar Lacerda, para fechar acordo os empresários cobram do governo o pagamento de uma dívida de R$150 milhões, que seria referente a reajustes atrasados da chamada tarifa técnica. A taxa é resultado de uma conta complexa, que envolve itens como o custo do diesel, de lubrificantes, das peças, de despesas administrativas e da taxa de rentabilidade repassada às empresas. “Não reconhecemos o valor dessa dívida R$150 milhões reclamada pelos empresários”, diz o secretário de administração.
Apesar de o GDF ainda não ter os cálculos dessa dívida, Wilmar Lacerda estima que ela seja muito menor. Se o acordo entre a categoria e os donos de empresas de ônibus sair até amanhã, o GDF reafirmou o compromisso de pagar uma parte - R$ 25 milhões - até a próxima sexta-feira, 13. O valor corresponde ao reajuste da tarifa técnica da data-base do ano passado.
Outro compromisso refirmado na reunião pelos secretários, desta vez com a garantia do vice-governador, Tadeu Filipelli, é o de que antes do pagamento da folha de julho, no dia 5, o governo vai depositar R$11 milhões para cobrir os custos da data-base da categoria dos meses de maio e junho. De maio a dezembro esse custo é R$46 milhões, equivalente a R$5,5 milhões por mês.
Os empresários continuam resistentes à negociação e estão, neste momento, avaliando a proposta. A expectativa é que ainda hoje haja uma nova conversa com a categoria, mas sem a presença de representastes do governo. “Eles [os empresários] estão fazendo de tudo para que a greve aconteça, não tem lógica. O GDF está facilitando. Isso é inédito, o governo repactuando e mesmo assim eles insistem em não fechar o acordo”, disse o presidente do Sindicato dos Rodoviários do Distrito Federal, Jorge Patrocínio Farias.
Os rodoviários reivindicam reajuste de 20% no salário e no vale-alimentação, aumento de 40% no valor da cesta básica e reajuste anual de 1%. Eles alegam perdas por causa da inflação registrada desde o ano passado e pedem a renegociação da data-base de maio de 2013.
Na proposta em negociação, os motoristas que hoje recebem R$ 1,6 mil passariam a ganhar R$ 1.960. Já os cobradores teriam os vencimentos reajustados de R$ 840 para R$ 1 mil.
“O governo está à disposição, inclusive de madrugada, se for preciso. Queremos ajudar. O importante é não privar a viabilidade de 1 milhão de passageiros de deslocamento. Eu sou um otimista. O custo desse impasse é muito alto para todos, especialmente para os usuários”, avalia o secretário de Transportes José Walter Vasquez.
A assembleia dos rodoviários do Distrito Federal está marcada para as 9h deste domingo (8).
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