Janot diz que não 'persegue pessoas, apura fatos'
Procurador-geral da República, Rodrigo Janot, defendeu nesta quarta-feira, 2, a peça em que acusa Michel Temer de ter praticado o crime de corrupção passiva, cujo prosseguimento da investigação foi rejeitado pela Câmara nesta noite; "Nossa instituição não persegue pessoas, simplesmente apura fatos e os apresenta ao poder judiciário. Assim ordena a constituição, assim querem os brasileiros de bem, assim se impõe àqueles que têm caráter", disse Janot, pouco antes da votação começar na Câmara
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247 - O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, defendeu nesta quarta-feira, 2, a peça em que acusa Michel Temer de ter praticado o crime de corrupção passiva, cujo prosseguimento da investigação foi rejeitado pela Câmara nesta noite.
"Nossa instituição não persegue pessoas, simplesmente apura fatos e os apresenta ao poder judiciário. Assim ordena a constituição, assim querem os brasileiros de bem, assim se impõe àqueles que têm caráter", disse Janot, pouco antes da votação começar na Câmara. "Sobre isso, tenho serenamente afirmado que não cabe ao Ministério Público brasileiro inserir em suas ações o fluido componente político", afirmou sobre o eventual resultado da votação.
Reservadamente, procuradores do grupo que auxilia Janot nas investigações da Lava Jato asseguram que a eventual rejeição da denúncia pelos deputados não vai alterar o cronograma de trabalho na PGR e nem uma próxima acusação contra Temer.
O grupo trabalha para enviar ao menos mais uma denúncia contra o presidente até o fim do mandato de Janot, relativa à investigação por obstrução de justiça que já tramita no Supremo.
No discurso, ele também rebateu o ministro do Supremo Gilmar Mendes. Ontem, o magistrado afirmou que o STF ficou "a reboque das loucuras" de Janot. "A resposta positiva da sociedade ao nosso trabalho na Lava Jato, bem como o severo crivo pelo qual sempre passaram nossas investigações no judiciário, inclusive no STF, demonstra que aquilo que alguns poucos inconformados chamam, levianamente, de loucura é, de fato, apenas o cumprimento sério e honesto de um mandato constitucional", afirmou Janot.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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