Justiça mantém condenação de Carlinhos Cachoeira
A 2ª Turma do Tribunal de Justiça do Distrito Federal rejeitou recurso e confirmou a condenação do bicheiro e de outros sete réus por formação de quadrilha e tráfico de influência. Em 2012, Cachoeira foi condenado a 4 anos e 1 mês de prisão pela juíza Ana Cláudia Barreto, da Vara Criminal do DF
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Brasília 247 - A 2ª Turma do Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDFT) rejeitou recurso e manteve a condenação do bicheiro Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, e de outros sete réus por formação de quadrilha e tráfico de influência. Em 2012, o bicheiro foi condenado a 4 anos e 1 mês de prisão pela juíza Ana Cláudia Barreto, da Vara Criminal do DF. Ao analisar ontem (29) recurso protocolado por Cachoeira, os desembargadores do TJDFT mantiveram a condenação. Cachoeira terá ainda que pagar 20 dias de multa no valor de cinco salários mínimos, no montante vigente na época do crime. A defesa do bicheiro apresentou novo recurso.
Cachoeira começou a ser investigado em 2011, na Operação Monte Carlo, que tinha como foco desarticular o grupo criminoso que explorava jogos de azar em Goiás. Após serem verificados indícios da participação de autoridades do DF com a quadrilha de Cachoeira, os policiais federais deflagraram a operação Saint Michel, que investigou denúncias de fraudes na licitação da bilhetagem eletrônica no transporte público de Brasília.
Em 2012, o bicheiro Carlinhos Cachoeira também foi condenado a 39 anos de prisão pela Justiça Federal de Goiás em razão de crimes investigados pela operação Monte Carlo. A Justiça goiana concluiu que ele cometeu violação de sigilo, peculato, corrupção e formação de quadrilha.
As ligações de Cachoeira com políticos e empresários foram investigadas em 2012 por uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) no Congresso Nacional. A suspeita de envolvimento do bicheiro com o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) levaram o parlamentar a perder o mandato. Cachoeira chegou a ficar preso por alguns meses, mas obteve habeas corpus para responder aos processos em liberdade. Apesar das investigações no Congresso, que contaram com depoimentos de governadores e dirigentes de empresas supostamente envolvidas no esquema, a CPI mista terminou sem indiciamentos.
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