Mendonça é alvo de protestos e questionado sobre desmonte no MEC
Durante audiência conjunta das comissões de Educação e de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara, o ministro interino da Educação, Mendonça Filho, negou que haverá cortes no orçamento da pasta e mudanças na regra de cotas para universidades públicas; deputados petistas apontaram contradições em suas promessas; "Ele diz que vai manter tudo, e se possível ampliar. Mas isso não bate com a política do Temer de congelar os gastos públicos", disse Ságuas Moraes (PT-MT); Mendonça foi chamado de "golpista" por estudantes
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247 – O ministro interino da Educação, Mendonça Filho, foi alvo de protesto na Câmara dos Deputados nesta terça-feira 5, quando estudantes o chamaram de "golpista" e criticaram sua gestão à frente da pasta.
O integrante do DEM foi à Câmara participar de audiência conjunta das comissões de Educação e de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara, onde foi duramente questionado por deputados petistas sobre o desmonte que vem ocorrendo no MEC.
Ele negou que haverá cortes no orçamento da pasta e que haverá mudanças na regra de cotas para universidades públicas, mas os parlamentares afirmavam em suas falas que as promessas do ministro não batiam, uma vez que o governo interino de Michel Temer propôs limitar os gastos públicos para Saúde e Educação.
"Ele (Mendonça Filho) diz que vai manter tudo, e se possível ampliar. Mas isso não bate com a política do Temer de congelar os gastos públicos, limitando o teto de gastos baseado na inflação do ano anterior. O que ele promete é totalmente contraditório, e não sabemos exatamente o que ele vai fazer", disse o deputado Ságuas Moraes (PT-MT).
O deputado Paulão (PT-AL) também destacou a contradição lembrando que a limitação dos gastos públicos é uma medida considerada fundamental pelo ministro interino da Fazenda, Henrique Meirelles. Segundo o petista, não existe possibilidade de a Educação escapar de cortes. "Essa medida terá consequências diretas na sua pasta", afirmou o parlamentar a Mendonça.
Mendonça Filho assegurou que programas e políticas públicas como o Prouni, o Fies e a política de cotas serão preservados. Seu partido, o DEM, chegou a recorrer no passado ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra essas políticas e também se opôs à destinação de recursos da exploração do pré-sal para a Educação.
Em sua fala, o ministro interino reconheceu a evolução no número de matrículas no ensino superior no País e no aumento de recursos para a Educação básica nos últimos 13 anos dos governos Lula e Dilma Rousseff.
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