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Brasília

“Nem o pior ministro da Saúde fez o que Exército está fazendo, desmontando a engrenagem do SUS”, diz analista

Ex-secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Adriano Massuda fez referência à ocupação de militares na pasta. "Nem o pior ministro da Saúde fez o que está acontecendo agora", disse. "O Exército pode estar puxando pro seu colo a responsabilidade de desmontar o sistema de saúde brasileiro"

(Foto: Divulgação (Rodrigo Juste Duarte - UFPR))
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247 - Ex-secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Adriano Massuda criticou a ocupação de militares na pasta. De acordo com o professor da Fundação Getúlio Vargas e pesquisador-visitante na Escola de Saúde Pública de Harvard (EUA), o "volume de ocupação de cargos técnicos por militares e por indicações políticas sem qualificação necessária na estrutura do Ministério da Saúde tem ocorrido como nunca antes desde que o SUS foi criado". "Nem o pior ministro da Saúde fez o que está acontecendo agora", disse em entrevista ao jornal El País

"Há áreas técnicas do Ministério da Saúde, fundamentais a manutenção de programas de saúde, que já passaram por diferentes governos, de diferentes bandeiras políticas, e nunca foram modificadas, devido ao saber acumulado. Pode haver um processo de desmonte da engrenagem que fez o sistema de saúde funcionar nos últimos 30 anos que é muito perigoso", continuou.

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"O Exército pode estar puxando pro seu colo a responsabilidade de desmontar o sistema de saúde brasileiro. Esse sistema que é essencial para garantir a segurança sanitária do nosso país", acrescentou.

Segundo o analista, o Brasil não está "em situação pior justamente porque nós temos o SUS [Sistema Único de Saúde] e porque o Brasil tem uma tradição em programas de saúde pública". "Agora o ministério atrapalha a resposta à pandemia", disse.

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O pesquisador criticou as trocas de ministros na pasta da Saúde. "Como governar um sistema de saúde com tanta troca? Isso expõe fragilidades que precisarão ser enfrentadas se quisermos ter melhor capacidade de defesa a desafios como a pandemia da covid-19 nos apresenta".

O agora ex-ministro Luiz Henrique Mandetta deixou o cargo após divergências com Jair Bolsonaro, que subestimava (e continua) os efeitos da pandemia. Diferentemente do seu antigo chefe, Mandetta defendia um isolamento radical para enfrentar a Covid.19.

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Depois quem assumiu o ministério foi Nelson Teich. Também saiu do governo após discordâncias com Bolsonaro, que defendia o uso da cloroquina no tratamento de pacientes diagnosticados com coronavírus, mesmo sem o remédio ter comprovação científica. 

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