Temer joga as fichas na “edição” do áudio. O duelo é com Janot e Fachin
"Temer foge do mérito do problema: manter relações espúrias com um empresário que, segundo ele próprio, é um escroque que faz gravações clandestinas e – novamente segundo Temer – as manipula", diz Fernando Brito, editor do Tijolaço
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Por Fernando Brito, editor do Tijolaço
Sem a censura que Sérgio Moro impôs às questões que Eduardo Cunha lhe dirigiu, Michel Temer enviou diversas questões sobre a alegada edição do áudio gravado por Joesley Batista.
Embora seja inacreditável que possa ter sido feita uma montagem – que seria de fácil detecção – nos diálogos, é evidente que tudo o que Temer procura é protelar o andamento do caso escandaloso em que se meteu.
Mesmo que sejam apuradas edições eventuais no áudio, remanesce, fatos incontestáveis:
Um presidente tendo uma reunião clandestina, a indicação de um intermediário para os entendimentos que foi filmado recebendo malas de dinheiro, ouvir – ainda que julgando bravatas – notícias de que procuradores e juízes haviam sido comprados, nada disso admite objeções meramente formais quando à integridade da gravação.
Temer foge do mérito do problema: manter relações espúrias com um empresário que, segundo ele próprio, é um escroque que faz gravações clandestinas e – novamente segundo Temer – as manipula.
E se coloca, inteiramente, nas mãos da decisão que será tomada na quarta-feira pelo Supremo, de aceitar ou não a suspensão do processo de investigação.
O destino não costuma ser piedoso com quem coloca o pescoço sob a guilhotina.
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