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Brasília

Teste de Bolsonaro repercute entre parlamentares: “Que seja curado também do vírus da negligência”

“Que o Bolsonaro seja curado da Covid-19, como também dos vírus da intolerância, do ódio, da falta absoluta de empatia”, comentou o deputado Márcio Jerry (PCdoB-MA)

(Foto: Marcello Casal Jr/ag.Brasil)
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247 - A confirmação de que o presidente Jair Bolsonaro testou positivo para a Covid-19 mobilizou o Congresso e provocou reações de parlamentares nesta terça-feira (7). Ao convocar a imprensa para anunciar o resultado, Bolsonaro voltou a minimizar a gravidade da doença e a desobedecer recomendações de especialistas. 

“Vírus é quase como chuva: vai atingir você”, disse Bolsonaro a jornalistas, um pouco antes de tirar a máscara para se despedir dos presentes.

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Vice-líder do PCdoB na Câmara, o deputado Márcio Jerry (MA) afirmou que espera a cura dos “demais vírus” que acometem Bolsonaro. “Que o Bolsonaro seja curado da Covid-19, é o que sinceramente desejo. Como sinceramente desejo que seja curado também dos vírus da intolerância, do ódio, da falta absoluta de empatia; dos vírus da irresponsabilidade, da negligência com a saúde de milhões de brasileiros”. 

“Bolsonaro promoveu aglomerações. Vetou a obrigatoriedade das máscaras. Minimizou os efeitos da covid-19 diante de mais de 65 mil mortos. Hoje, após anúncio de seu teste positivo, tirou a máscara e expôs os jornalistas. De tão aliado do Coronavírus, Bolsonaro e ele viraram um só”, declarou o líder da oposição no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), listando os maus exemplos do presidente. 

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Líder do PSB na Câmara, o deputado federal Alessandro Molon (RJ) não abrandou o discurso. “Mesmo com coronavírus, Bolsonaro dá mau exemplo! 1. Fala perto de repórteres; 2. Faz propaganda de remédio sem eficácia comprovada; 3. Recomenda cloroquina + azitromicina = altamente tóxico; 4. Mente ao dizer que só é grave para doentes e idosos. São 65 mil mortos. Irresponsável”, definiu, citando os erros do presidente ao anunciar a contaminação pelo vírus. 

Para Ivan Valente (PSOL-SP), Bolsonaro voltou a fazer uso político da doença. “É inacreditável que Bolsonaro faça uso político da própria contaminação. Defendeu a cloroquina, disse que as pessoas não sentem nada com a doença e avisa que não vai fazer isolamento. Chegou a tirar a máscara em entrevista! É muita podridão querer lucrar politicamente com isso”, definiu. 

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Deputado Odair Cunha (PT-MG) lembrou dos alertas enviados ao presidente nos últimos meses. “Nós sempre alertamos para a irresponsabilidade de Bolsonaro ao lidar com a covid. Participando de aglomerações, sem máscara, dizendo que era tudo histeria e gripezinha. Agora, ele está contaminado. E só Deus sabe pra quantas pessoas ele passou o coronavírus. Lamentável!”, comentou. 

De acordo com a agenda do Planalto, Bolsonaro encontrou com ao menos 48 pessoas, entre ministros, deputados, empresários e presidentes de times de futebol nos últimos oito dias. Em alguns desses encontros, o presidente não usou máscaras e apertou as mãos ou abraçou alguns dos seus interlocutores.

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O embaixador americano Todd Chapman e a esposa, que estiveram com Bolsonaro no último sábado (4), durante as comemorações da independência dos EUA, anunciaram hoje que testaram negativo para a doença.

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