Governadora do RN, Fátima Bezerra fica sem 2ª dose da CoronaVac por falta de vacinas
O atraso na distribuição de vacinas CoronaVac pelo governo Jair Bolsonaro fez com que a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), ficasse sem a 2ª dose do imunizante dentro do prazo
✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.
247 - O atraso na distribuição de vacinas CoronaVac pelo governo Jair Bolsonaro, que atinge diversos estados do País, fez com que a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), ficasse sem a 2ª dose do imunizante dentro do prazo. Isso atingiu 82 mil pessoas no estado.
A governadora de 65 anos tomou a 1ª dose da vacina contra a Covid-19 há 29 dias. Ela recebeu a primeira dose em 5 de abril em uma unidade básica de saúde em Natal e, portanto, deveria ter tomado a segunda dose até esta segunda-feira, 3.
O Instituto Butantan, que produz o imunizante no Brasil em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac, recomenda que a segunda dose da Coronavac seja tomada em um prazo entre 21 e 28 dias depois da primeira.
Queiroga responsabiliza Pazuello por falta de segunda doses
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que as mudanças na estratégia da vacinação contra a Covid-19 colaboraram para a falta de vacinas em vários estados brasileiros. Marcelo Queiroga declarou que o atraso na vacinação "decorre da aplicação da segunda dose como primeira dose".
Dois dias antes de sair do cargo, o general Eduardo Pazuello deu ordem para os estados não estocarem vacinas para a segunda dose. Agora, faltam vacinas e secretarias regionais precisam gerenciar atrasos.
As mudanças na estratégia da vacinação contra a Covid-19 colaboraram para a falta de vacinas em vários estados brasileiros, segundo o atual ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e especialistas. Na última semana, pelo menos oito capitais do país pararam a imunização por falta de doses.
Segundo a reportagem, o Ministério da Saúde não seguiu a recomendação dos especialistas, que determina que se deve guardar vacinas com prazo de validade relativamente curto e que exigem duas doses.
Quando o general Eduardo Pazuello era ministro da Saúde, ele orientou as prefeituras a usar todo o estoque para garantir a primeira dose sem se preocupar com a segunda dose. Pazuello dizia que “com a liberação para aplicação imediata de todo o estoque de vacinas guardadas nas secretarias municipais, vamos conseguir dobrar a aplicação".
Em 26 de abril, o novo ministro, Marcelo Queiroga, foi ao Senado para dizer que a orientação mudou e que, agora, o Ministério pede para que os estados armazenem metade do estoque para usar na segunda dose.
Saúde recomenda intervalo entre doses seis vezes maior que o recomendado pela Pfizer
Após divulgar a distribuição das vacinas da Pfizer contra a Covid-19, que chegaram ao Brasil neste fim de semana, o Ministério da Saúde orientou que municípios brasileiros adotem o intervalo de 120 dias entre as aplicações da primeira e da segunda dose.
Trata-se de um prazo quase seis vezes maior que o recomendado pela farmacêutica, que indica 21 dias.
O intervalo maior se dá pela falta de doses no país e é baseado num estudo feito no Reino Unido, segundo o Ministério da Saúde.
"Com base nesses dados o ‘Joint Commiee on Vaccinaon and Immunisaon’ (JCVI), entidade assessora em imunizações do Reino Unido, orientou que o intervalo entre a primeira e a segunda dose desta vacina fosse ampliado para até 12 semanas. Esta recomendação considerou que a vacinação do maior número possível de pessoas com a primeira dose traria maiores benefícios do ponto de vista de saúde pública, considerando a necessidade de uma resposta rápida frente a pandemia de Covid-19", diz o órgão em informe técnico.
Inscreva-se no canal Cortes 247 e saiba mais:
iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista: