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Nordeste

Lobato: "intervenção é coisa politiqueira"

Blogueiro Robert Lobato condena uma eventual intervenção federal no Maranhão, tese defendida por colunistas nacionais, como Eliane Cantanhêde, e pelo líder da oposição, Flavio Dino; "Pedido de intervenção no estado parece coisa politiqueira, eleitoreira e marqueteira", diz ele; segundo Lobato, o PCdoB também é responsável pela crise atual

Blogueiro Robert Lobato condena uma eventual intervenção federal no Maranhão, tese defendida por colunistas nacionais, como Eliane Cantanhêde, e pelo líder da oposição, Flavio Dino; "Pedido de intervenção no estado parece coisa politiqueira, eleitoreira e marqueteira", diz ele; segundo Lobato, o PCdoB também é responsável pela crise atual (Foto: Leonardo Attuch)
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Maranhão 247 - Uma eventual intervenção federal no Maranhão – defendida por colunistas nacionais, como Eliane Cantahêde e pelo líder da oposição, Flávio Dino – é coisa "politiqueira". A análise é do colunista político Robert Lobato. Leia, abaixo, sua análise: 

Maranhão: muitos atores, várias responsabilidades

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A conjuntura estadual está marcada por o que muitos consideram um “caos” (oposicionistas) e outros que avaliam apenas como foco de disputas de facções criminosas nos presídios (governistas). Em meio a tudo isso uma população assustada e, em muitos casos, refém de um ambiente que mistura eventos fatos concretos com boatos criminosos que só contribuem para o clima de tensão social.

Ocorre que muitos atores têm responsabilidades diferente em relação a tudo o que está acontecendo no Maranhão atualmente.

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Quando a oposição dinista, por exemplo, deposita a culpa pelo “caos” nos “50 anos de domínio da oligarquia”, tem que reconhecer que o PCdoB teve participação ativa em pelo menos dois dos quatro mandatos da governadora Roseana Sarney e quando esta era filiada ao “direitoso” e oligarca PFL, partido do finado ultra-direitista Antônio Carlos Magalhães, o ACM. Nesse sentido, dos “50 anos de oligarquia”, o PCdoB contribuiu com uns cinco, no mínimo – se o blogueiro estiver enganado com os números é só algum “camarada” fazer o reparo necessário.

Tem mais. No tocante à questão da segurança pública, o PCdoB conta nos seus quadros com dois especialistas de carreira na área. Um é o delegado da Polícia Civil, meu amigo Jeferson Portela que, inclusive foi gestor do sistema no governo Jackson Lago ao lado da não menos amiga Eurídice Vidigal – que fez uma bom trabalho na pasta, diga-se. O outro quadro comunista ligado à questão da segurança pública é ninguém menos do que o delegado da Polícia Federal, ex-secretário de Segurança do governo Roseana, o deputado estadual Raimundo Cutrim, que sabe tudo e muito sobre o que está acontecendo nestes tempos sombrios no nosso estado.

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Por fim, um outro quadro comunista que também conhece a realidade da segurança e mais especificamente do sistema penitenciário maranhense: o advogado Sálvio Dino, ex-secretário de Justiça e Cidadania no governo José Reinaldo, e ex-secretário de Direitos Humanos no governo Jackson Lago, quando formou uma equipe de ilustres teóricos e ativistas ligados aos movimentos sociais. Esse resgate histórico é apenas para fundamentar a tese que o Blog do Robert Lobato sempre defendeu, qual seja, a de que é preciso deixar a politicagem de lado, a luta política encaniçada improdutiva entre oposição e governo e dar uma chance ao Maranhão. Isso não significa que a oposição não faça o seu papel político de cobrar do governo e tentar chegar ao poder.

Não se trata disso. Só que oposição democrática e inteligente não é aquela que joga gasolina no incêndio, mas que em momentos críticos se coloca à disposição dos governos para superação de crises graves – Lula e o PT fizerem isso no governo Itamar (Segurança Alimentar) e no governo FHC (crise econômica que ameaçava a estabilidade do Real ma crise da Rússia).

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PROPOSTAS

Pedido de intervenção no estado parece coisa politiqueira, eleitoreira e marqueteira. A ideia foi defendida pelo líder da oposição, Flávio Dino (PCdoB), em entrevista ao site nacional de notícias Brasil 247 (veja). Já a proposta de um “Gabinete de Crise” com a participação de todas as instituições do sistema de Segurança e de Justiça, juntamente com a sociedade civil, defendida também pelo comunista, é mais sensata e digna de quem tem responsabilidade pública. Pela proposta, o governo Roseana chamaria o Judiciário, Ministério Público, OAB, SMDDH, Defensoria Pública, Polícias estaduais, Polícia Federal, Guarda Municipal, Forças Armadas etc, para definir ações e políticas que resgate a tranquilidade e a paz no capital.

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Sem falar na disposição do Ministério da Justiça em abrigar detentos de Pedrinhas em unicidades prisionais do Governo Federal em outros estados. Enfim, é hora do Governo do Maranhão avaliar cada proposta com desprendimento, sem vaidades políticas e com a humildade pública necessária para estabelecer um outro patamar de relacionamentos com amplos setores da classe política e com os movimentos sociais. Todos os atores políticos e sociais têm suas responsabilidades, mas não tem jeito: é do Governo do Estado a responsabilidade principal de cuidar e garantir os direitos básico da coletividade.

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