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Nordeste

Pedrinhas é "repugnante", diz juiz do CNJ

Juiz do Conselho Nacional de Justiça diz que a situação do presídio chegou a este ponto porque políticos sabem que respeitar direitos humanos dos presos é algo que não dá voto; ele também nega atuar com viés político contra Roseana Sarney, em entrevista à revista Época; "Há relatórios sobre vários Estados. Já apontamos irregularidades do Rio Grande do Sul ao Amazonas, passando por governos de todos os partidos políticos. Por que o Maranhão tem de ser exceção? Não apontamos nada bonitinho em lugar nenhum", diz ele

Juiz do Conselho Nacional de Justiça diz que a situação do presídio chegou a este ponto porque políticos sabem que respeitar direitos humanos dos presos é algo que não dá voto; ele também nega atuar com viés político contra Roseana Sarney, em entrevista à revista Época; "Há relatórios sobre vários Estados. Já apontamos irregularidades do Rio Grande do Sul ao Amazonas, passando por governos de todos os partidos políticos. Por que o Maranhão tem de ser exceção? Não apontamos nada bonitinho em lugar nenhum", diz ele (Foto: Ana Pupulin)
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Maranhão 247 - Em entrevista ao jornalista Murilo Ramos, da revista Época (leia aqui), o juiz Douglas Martins, do Conselho Nacional de Justiça, afirma que a situação do presídio de Pedrinhas, no Maranhão, é "repugnante".

"O que me chocou mais foram os relatos de como as mortes aconteciam. Os presos negam que seja briga de facções. Não está ocorrendo invasão dos pavilhões por presos de outras facções. Os presos que estão morrendo são os que não cumprem as determinações da facção dominante", diz ele. "Se não cumpre as missões, a punição é a mais severa possível. Isso acontece para mostrar aos outros presos que quando uma ordem é dada ela deve ser cumprida. Um dos presos mortos não pertencia a facção nenhuma. Estava pela primeira vez na cadeia por ter receptado pneus roubados. E esse sujeito foi decapitado. Certamente por não cumprir alguma determinação. A obrigatoriedade do preso de se enquadrar numa facção me chocou demais. Isso é repugnante."

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Ele também nega agir com o interesse de atingir a governadora Roseana Sarney, que o criticou nominalmente. "O relatório constata os problemas do sistema prisional do Maranhão. E esses problemas não surgiram hoje. Antes dela já falávamos dos problemas. Acontece que durante o governo dela os problemas não foram resolvidos. Ninguém pode alegar que o CNJ persegue um ou outro político. Há relatórios sobre vários Estados. Já apontamos irregularidades do Rio Grande do Sul ao Amazonas, passando por governos de todos os partidos políticos. Por que o Maranhão tem de ser exceção? Não apontamos nada bonitinho em lugar nenhum."

Ele também afirma que o quadro maranhense é o mais grave do País. "Foram 60 mortes em apenas um ano. Nem São Paulo, que tem mais de 200 mil presos, chegou perto desse número. O Maranhão responde por cerca de 1% dos presos do país. Se ficarmos na média (700 mortos por ano), o Maranhão responderá por quase 10% das mortes em presídios do país. Resumindo: o Maranhão tem quase dez vezes mais mortes que a média brasileira, que já é absurda."

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