André Constantine: "minha voz não é minha, é a voz da favela, do oprimido, do sofrido"

247 - O militante, líder do movimento de favelas do Rio de Janeiro e comentarista da TV 247 André Constantine expressou indignação com sua prisão arbitrária na última quinta-feira (4), quando a Polícia Militar o deteve enquanto discursava no centro do Rio. Ao deixar a 5ª Delegacia da Polícia Civil, ainda na quinta-feira, Constantine disse que a única coisa que lhe resta é a voz. “É a única coisa que me sobrou nessa vida. Eu, enquanto homem negro, favelado e periférico, a única coisa que tenho é a minha voz. E a minha voz ninguém vai silenciar, só quando me matarem”, desabafou.

O ativista afirma que a tentativa de seu silenciamento constitui um ataque à favela, aos desamparados e aos oprimidos: “É a única arma que tenho, a única força que tenho. E a minha voz não é minha, é a voz da favela, do desamparado, do oprimido, do sofrido. Eu tenho a coragem necessária para expor algumas coisas que meu povo tem medo, e com razão. Então, o recado que eu mando para as forças de repressão do Estado é que ninguém vai silenciar o André Constantine, só quando me matarem. Enquanto eu estiver vivo e com força eu vou continuar denunciando as denúncias que devem ser feitas aqui no município do Rio de Janeiro e no estado”, disse.

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