Após manifestação, presidente de associação policial fala em 'caos' caso governo de Minas não reajuste salários
Na segunda-feira, policiais e bombeiros lotaram o centro de Belo Horizonte para pressionar o governador, Romeu Zema, a conceder aumento salarial à categoria
247 - Após grande manifestação ocorrida nesta segunda-feira (21) no centro de Belo Horizonte, o presidente da Associação dos Praças Policiais e Bombeiros Militares de Minas Gerais (Aspra-MG), subtenente Heder Martins de Oliveira, disse ao Estado de S. Paulo não saber o que pode acontecer do dia seguinte à greve e falou em "caos".
"Se o governo continuar com intransigência, ainda que sejam demitidos mil, 2 mil policiais, vai virar o caos em Minas", garantiu.
O subtenente foi um dos organizadores da paralisação e afirma que mais de 30 mil manifestantes foram às ruas para pedir reajuste salarial. “A mobilização de hoje foi algo gigantesco e eu não sei te dizer os impactos a partir de amanhã, inclusive a nível de Brasil".
Presidente do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Renato Sérgio de Lima diz que o caso de Minas Gerais é um problema político e afirmou que o movimento iniciado pelos mineiros pode desencadear motins pelo Brasil. "(O governador Romeu) Zema prometeu 40% de aumento, mas não cumpriu”.
Segundo Lima, uma maneira de evitar que motins se espalhem são manifestações prévias dos órgãos responsáveis pela investigação e punição dos agentes que aderem às greves.
Pelo regulamento que rege policiais e bombeiros militares, são vedadas paralisações e protestos contra superiores. Em 2017, o Supremo Tribunal Federal (STF) considerou que servidores que atuam na segurança pública (incluindo agentes civis) não podem entrar em greve.
Para Lima, Zema deveria ter demitido o comandante da PM de Minas Gerais, coronel Rodrigo Rodrigues, que publicou nota autorizando seus subordinados a comparecerem às manifestações por reajustes.
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