Aprovação do Escola Sem Partido em BH não foi democrática, diz deputada

247 - A deputada estadual Beatriz Cerqueira (PT-MG) conversou com a TV 247 sobre a aprovação do projeto Escola Sem Partido na Câmara Municipal em Belo Horizonte na última segunda-feira (14). Cercada de polêmicas, a votação entre os vereadores teve violência contra professor e a população foi barrada de participar. Beatriz Cerqueira afirmou que a sessão plenária não foi democrática.

A deputada esclareceu que em Belo Horizonte ocorreu um processo de criminalização dos professores. “Na verdade, há uma estratégia de que esse projeto da mordaça (da criminalização da profissão docente) teve um movimento para que esses projetos fossem apresentados nas Câmaras Municipais e também Assembleias Legislativas. Foi exatamente o que ocorreu com Belo Horizonte, que optou por essa pauta de criminalização da profissão docente. Recentemente, houve uma decisão política da Câmara de colocar essa pauta em votação. Foram 14 dias de obstrução, direito do parlamentar de provocar, promover o debate. Foram sete vereadores fazendo esse processo constante de discussão”, relatou.

Ela criticou a proibição de participação popular na sessão e disse que a votação do projeto não foi democrática. Beatriz Cerqueira reforçou os episódios de violência contra os docentes presentes na Câmara no dia da votação. “Na semana passada, lamentavelmente, tivemos um episódio que não foi democrático, foram várias violências, a ideia de que é possível que o Parlamento funcione sem a participação do povo, através da ordem de retirada das pessoas da galeria, falsamente acusadas de incitação, que por si só é grave, mas foi feito com violência. Um professor chegou a desmaiar, teve sufocamento, foi atendido no hospital. É de uma gravidade sem tamanho essa relação de violência com professores, estudantes e quaisquer movimentos que ali estavam participando”, protestou.

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