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Sudeste

Às vésperas da eleição, Paes vira réu por corrupção e lavagem de dinheiro

Alvo de busca e apreensão nesta terça-feira (8), o ex-prefeito Eduardo Paes, que é pré-candidato à Prefeitura do Rio de Janeiro, se tornou por pelos crimes de falsidade ideológica eleitoral, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Defesa vê interferência nas eleições municipais

Ex-prefeito do Rio de Janeiro Eduardo Paes (Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil.)
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Sérgio Rodas, Conjur - O juiz Flavio Itabaiana de Oliveira Nicolau, da 204ª Zona Eleitoral do Rio de Janeiro, aceitou denúncia contra o ex-prefeito Eduardo Paes (DEM) pelos crimes de falsidade ideológica eleitoral, corrupção passiva e lavagem de dinheiro e ordenou busca e apreensão na casa dele, que foi cumprida nesta terça-feira (8/9).

A defesa do político disse que não teve acesso à denúncia e classificou a medida como uma tentativa de interferência no processo eleitoral — Paes tentará voltar a ser prefeito do Rio.

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Com base em delações premiadas de executivos da Odebrecht, o Ministério Público Eleitoral do Rio de Janeiro denunciou Eduardo Paes no dia 17 de agosto pelo recebimento de vantagens indevidas no total de aproximadamente R$ 10,8 milhões, mediante entregas de dinheiro em espécie por operador financeiro a serviço da empresa. A verba, segundo o MPE, era destinada ao financiamento, via caixa dois, de sua campanha de reeleição à Prefeitura do Rio em 2012.

Os executivos da Odebrecht Benedicto Barbosa da Silva Junior e Leandro Andrade Azevedo narraram, em delação, que entregaram os valores a Renato Barbosa Rodrigues Pereira (que também fez acordo de colaboração premiada) e Eduardo Bandeira Villela, sócios da Prole Serviços de Propaganda. Segundo os delatores, o deputado federal e então chefe da Casa Civil da Prefeitura do Rio, Pedro Paulo (DEM-RJ), que era coordenador da campanha eleitoral de Paes, gerenciava o recebimento das quantias, especificando a forma como seria usada e indicando os responsáveis por sua arrecadação.

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Na denúncia, o MPE argumenta que as narrativas dos delatores são corroboradas por provas obtidas de fontes independentes. Entre elas, guias de transporte de valores da Trans-Expert e declarações de cinco funcionários da empresa confirmando as entregas de dinheiro em espécie feitas pela Odebrecht à agência de publicidade que promoveu a campanha de Paes em 2012.

Além do ex-prefeito, foram denunciados Pedro Paulo e os empresários Benedicto Barbosa da Silva Junior, Leandro Andrade Azevedo, Renato Barbosa Rodrigues Pereira e de Eduardo Bandeira Villela.

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Interferência nas eleições

Em nota, a defesa de Eduardo Paes disse que não teve acesso à denúncia e que a busca em sua casa "foi uma tentativa clara de interferência do processo eleitoral". "Às vésperas das eleições para a Prefeitura do Rio, Eduardo Paes está indignado que tenha sido alvo de uma ação de busca e apreensão numa tentativa clara de interferência do processo eleitoral — da mesma forma que ocorreu em 2018 nas eleições para o governo do estado".

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Já Pedro Paulo criticou o "uso político de instrumentos da Justiça para interferir na eleição". "Não nos intimidarão. Ao ter acesso ao conteúdo da denúncia, farei a minha defesa no processo", declarou. 

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