Ato em defesa da soberania nacional toma as ruas do Rio
Movimentos sociais e sindicatos se reúnem nesta terça-feira 3, data em que a Petrobras completa 64 anos, para se manifestar em defesa da soberania nacional, diante de ações do governo Temer que prejudicam diretamente a área; parlamentares lançaram nesta segunda uma frente em defesa da soberania; manifestantes aguardam hoje a presença do ex-presidente Lula
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247, com Rede Brasil Atual - Trabalhadores de diversas categorias e militantes de movimentos sociais se concentram nesta terça-feira 2 em uma grande manifestação em defesa da soberania nacional.
Os grupos se concentraram no início da tarde em frente à sede da Eletrobras, no centro do Rio de Janeiro, onde se manifestam em defesa das empresas públicas. A Eletrobras foi vendida pelo governo Temer e por isso é um dos alvos do protesto.
A manifestação deve se deslocar pela região central, com paradas previstas diante do BNDES e da sede da Petrobras, cujo decreto de criação, editado por Getúlio Vargas, completa 64 anos nesta terça. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é aguardado para o ato.
Com grande presença dos petroleiros e integrantes do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), que realiza um encontro nacional na capital, eles devem se unir a funcionários públicos, estudantes e demais integrantes das frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, em caminhada até a sede da Petrobras, também na região central da capital carioca.
Para o presidente da CUT, Vagner Freitas, as privatizações já realizadas e outras anunciadas pelo governo Temer pretender fazer o país recuar à condição de exportador de produtos primário e dependente do mercado externo. "Estamos aqui para defender a soberania nacional, defender nossas empresas e impedir que esses golpistas e entreguistas vendam nossas terras, nossas riquezas, nossa água, a nossa Amazônia", disse Vagner.
O coordenador da Federação Única dos Petroleiros (FUP-CUT), José Maria Rangel, o presidente da CUT ressaltou que a Petrobras está "sendo jogada às traças, os estaleiros estão parados", e destacou que a política de política de conteúdo local, que previa o fortalecimento dos setores industriais ligados ao petróleo, vem sendo abandonada pelo governo Temer.
Rangel afirmou que foi a presença do Estado, com a participação dos bancos públicos e empresas estatais, que garantiu a superação da crise internacional que eclodiu em 2007. "Naquele momento, o povo sentiu muito menos os impactos da crise. É o que a gente não vê hoje. O estado, em vez de investir, está tirando e vendendo nosso patrimônio".
Já o diretor de Relações Internacionais da FUP-CUT, João Antônio de Moraes, comparou o atual governo a uma "tropa de ocupação estrangeira", por conta do processo de privatização levado à cabo pelo governo Temer que, na semana passada, leiloou quatro usinas hidrelétricas da Companhia Elétrica de Minas Gerais (Cemig), uma delas vendida a uma empresa estatal chinesa. "As empresas estrangeiras vão atuar de acordo com os interesses do povo brasileiro ou de acordo com os interesses dos chineses?", provocou.
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