Cinismo: militares que atiraram mais de 60 vezes acusam catador morto de assassinar músico no Rio
Sem apresentar provas, a defesa dos 12 que respondem na Justiça Militar pela morte do músico Evaldo Rosa, assassinado em 2019 por militares que dispararam contra o seu carro, acusou pelo crime o catador de latinhas Luciano Macedo, morto na mesma ação militar
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247 - Sem apresentar provas, a defesa dos 12 militares que respondem na Justiça Militar pela morte do músico Evaldo Rosa, assassinado em 2019 por militares que dispararam contra o seu carro, acusou pelo crime o catador de latinhas Luciano Macedo, morto na mesma ação militar.
A viúva de Macedo, Dayana Fernandes, destacou que o marido tentou ajudar Evaldo após o carro da família do músico ser alvejado por ao menos 62 tiros, dentre os 257 disparos de fuzil e pistola apontados pela perícia.
Os militares ainda alegam que o músico negro, que passeava com a família no carro, seria olheiro do tráfico local e atirou na tropa para fugir.
"É revoltante, eu estou indignada. Estão insinuando que meu marido tinha envolvimento com o tráfico da região, que meu marido foi culpado pelo que aconteceu com o Evaldo. É muito fácil acusar quem já está morto e não pode se defender. Enquanto isso, o Exército mata quem eles querem. O Luciano já tinha saído do tráfico há muito tempo, já tinha saído dessa vida", disse Dayana.
"Eu já esperava que eles acusariam o Luciano, mas a justiça de Deus tarda mas não falha. Eu tenho um filho para criar e preciso seguir a minha vida. Mas a justiça vai ser feita" disse Luciana Nogueira, esposa de Evaldo.
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