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Conselho de Direitos Humanos relata a Sarrubbo preocupações com 'Operações Escudo' de Tarcísio

Em conversa com o atual procurador-geral de Justiça de SP, o Condepe destacou que autoridades não podem tratar todos os casos de violência contra policiais como "vingança privada"

Tarcísio de Freitas (Foto: ABR)

247 - O presidente do Condepe (Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana de São Paulo), Dimitri Sales, expressou ao futuro secretário Nacional de Segurança Pública, Mário Sarrubbo, suas preocupações em relação às recentes operações Escudo deflagradas pelo governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos). A conversa se deu durante um encontro ocorrido na tarde de segunda-feira (22), de acordo com a coluna da Mônica Bergamo na Folha de S. Paulo.

Sarrubbo, atualmente procurador-geral de Justiça de SP, afirmou estar atento e disposto a acompanhar qualquer denúncia relacionada a violações de direitos humanos decorrentes dessas operações.

À coluna da jornalista da Folha, Sales destacou a preocupação do Condepe com a retomada da Operação Escudo, ressaltando que as autoridades não podem tratar todos os casos de violência contra policiais como "vingança privada". A discussão surge em meio ao anúncio da Secretaria de Segurança de São Paulo sobre o início de uma série de novas operações Escudo em resposta aos recentes ataques que resultaram na morte de uma soldada e no ferimento de quatro policiais militares em diferentes regiões do estado.

Os incidentes que desencadearam essas operações incluem o assassinato de uma soldada durante uma tentativa de roubo de sua moto na zona sul da capital paulista, além de outras ocorrências envolvendo policiais militares que foram alvos de violência.

Apesar de aparentemente não haver uma conexão clara entre os crimes, o secretário de Segurança Pública do estado, Guilherme Derrite, afirmou que as vítimas foram alvejadas após serem identificadas como policiais. A Secretaria de Segurança Pública (SSP) ressaltou que as operações visam restabelecer a ordem e a "sensação de segurança da população" em quatro regiões distintas.

As operações Escudo foram criadas durante a gestão de Tarcísio de Freitas (Republicanos) em resposta a ataques praticados contra agentes de segurança. Em julho de 2023, a primeira operação Escudo da gestão bolsonarista, realizada na Baixada Santista, foi criticada devido a denúncias de violência extrema, resultando em pelo menos 28 mortes em um mês de atividade. Alguns policiais envolvidos nessa operação foram acusados de violações aos direitos humanos, tortura e forjamento de cenas de crime, tornando-se réus em dezembro de 2023. O histórico dessas operações levanta questões sobre sua eficácia e o equilíbrio entre segurança pública e respeito aos direitos fundamentais.