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Sudeste

Crivella anuncia cobrança de taxa a turistas no Rio

Logo após tomar posse neste domingo, o prefeito do Rio, Marcelo Crivella (PRB), reiterou seu compromisso com a política de austeridade econômica, com corte de gastos, e apresentou a proposta de reforçar o caixa da prefeitura com a cobrança de uma taxa de R$ 4 a R$ 5 dos turistas que vierem à 'cidade maravilhosa'; segundo Crivella, a taxa não vai onerar os pacotes turísticos, é uma prática já adotada em vários países, mas será fundamental para reforçar o caixa do município; mas a medida não foi muito bem recebida para especialistas do setor; para o presidente nacional da Associação Brasileira de Agências de Viagem, Edmar Bull, o anúncio "ocorre em um momento inadequado"

Logo após tomar posse neste domingo, o prefeito do Rio, Marcelo Crivella (PRB), reiterou seu compromisso com a política de austeridade econômica, com corte de gastos, e apresentou a proposta de reforçar o caixa da prefeitura com a cobrança de uma taxa de R$ 4 a R$ 5 dos turistas que vierem à 'cidade maravilhosa'; segundo Crivella, a taxa não vai onerar os pacotes turísticos, é uma prática já adotada em vários países, mas será fundamental para reforçar o caixa do município; mas a medida não foi muito bem recebida para especialistas do setor; para o presidente nacional da Associação Brasileira de Agências de Viagem, Edmar Bull, o anúncio "ocorre em um momento inadequado" (Foto: Romulo Faro)
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Sputnik - Logo após tomar posse nesse domingo, 1º, o prefeito do Rio, Marcelo Crivella (PRB), reiterou seu compromisso com a política de austeridade econômica, com corte de gastos, e apresentou a proposta de reforçar o caixa da Prefeitura com a cobrança de uma taxa de R$ 4 a R$ 5 dos turistas que vierem ao Rio.

Segundo Crivella, a taxa não vai onerar os pacotes turísticos, é uma prática já adotada em vários países, mas será fundamental para reforçar o caixa do município. Na opinião do presidente nacional da Associação Brasileira de Agências de Viagem (ABAV), Edmar Bull, o anúncio de cobrança de uma nova taxa ocorre em um momento inadequado. Embora não se mostra favorável ou contrário à ideia, Bull diz que é preciso conversar com o novo prefeito para saber os motivos da cobrança.

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"É preciso trazer mais turistas para o Brasil, especialmente para o Rio de Janeiro, porque a taxa de ocupação dos hotéis não foi satisfatória este final de ano, embora os números ainda não estejam totalmente fechados. Temos um legado muito grande da Rio 2016, e temos que ajudar. A gente pode dizer que é pequena taxa, mas o turista estrangeiro que vem para o Rio não vem para uma noite, vem para no mínimo uma semana e vem com família", observa o dirigente, para quem a carga da hotelaria e do turismo está muito alta.

"Os empresários do setor estão trabalhando em uma sériede projetos em Brasília para ver se essa carga pode ser reduzida para segurar esse turista", diz o presidente nacional da ABAV.Segundo ele, o Brasil não está sabendo aproveitar as oportunidades. "Perdemos a oportunidade de mostrar um Brasil melhor lá fora durante a Copa do Mundo. A Rio 2016 deu uma grande visibilidade ao Rio de Janeiro, e também estamos deixando de aproveitar isso." Embora reconhecendo a cobrança da taxa em vários países, a coordenadora executiva do Rio como Vamos, Thereza Lobo, questiona a eficácia da medida tanto do ponto de vista do retorno financeiro quanto da imagem que a cobrança teria sobre os turistas.

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"Em primeiro lugar, não há evidências que isso vai melhorar a situação financeira do Rio de Janeiro. O aumento de tributos, taxas nunca é uma saída agradável. Qual é o comportamento das agências de viagem com respeito a isso? E qual vai ser o comportamento dos próprios turistas? É verdade que há outros países que cobram uma taxa dessa natureza, e em alguns lugares ela é facultativa. O que ficou indefinido é quais são as evidências de que isso vai dar um suporte substantivo ao município", diz Thereza.

A coordenadora executiva da entidade questiona que outras medidas fariam com que o turista se sentisse melhor, mais acolhido, como, por exemplo, na área de segurança. "Esse país tem mania de que, com qualquer coisa, cria mais um tributo, mais uma taxa. Se você olhar o conjunto de medidas que foi apresentado pelo prefeito atual, elas são fortemente centradas na questão econômico-financeira, o que não está errado, mas é preciso se tomar cuidado com isso", observa.

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Thereza diz que é preciso pensar o que a cobrança de mais uma taxa terá sobre um público que é estratégico para a cidade, e se isso vai melhorar a segurança, a mobilidade urbana e o saneamento. O Rio como Vamos começou há nove anos, acompanhando as políticas da cidade através de indicadores — são quase 100 em todas as áreas, saúde, educação, mobilidade, segurança, meio ambiente, entre outras. Os dados são divulgados à população através de vários instrumentos, para que haja maior transparência na gestão da cidade.

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