CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
Sudeste

Cunha persegue irmão de Zico no Detran do Rio

Examinador de trânsito Antônio Antunes Coimbra, irmão do ex-jogador Zico, despertou uma indignação do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), após reprovar a filha do parlamentar, Camilla Ditz Cunha, na prova da baliza, em junho de 2008, na Ilha do Fundão; Coimbra ou Tunico, como é conhecido no Detran-RJ, ele nunca mais foi chamado para a banca de examinadores, depois que Cunha o acusou de tentar extorquir a filha; na época, o governador Sergio Cabral (PMDB) enviou email a órgão elogiando a família de Tonico e criticando Cunha: “Esse senhor que acusa um membro da família (de Zico) é sinônimo do que há de pior na vida pública brasileira”

Examinador de trânsito Antônio Antunes Coimbra, irmão do ex-jogador Zico, despertou uma indignação do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), após reprovar a filha do parlamentar, Camilla Ditz Cunha, na prova da baliza, em junho de 2008, na Ilha do Fundão; Coimbra ou Tunico, como é conhecido no Detran-RJ, ele nunca mais foi chamado para a banca de examinadores, depois que Cunha o acusou de tentar extorquir a filha; na época, o governador Sergio Cabral (PMDB) enviou email a órgão elogiando a família de Tonico e criticando Cunha: “Esse senhor que acusa um membro da família (de Zico) é sinônimo do que há de pior na vida pública brasileira” (Foto: Leonardo Lucena)
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

Rio 247 - O examinador de trânsito Antônio Antunes Coimbra despertou uma indignação do presidente da Câmara Federal, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), após reprovar a filha do parlamentar, Camilla Ditz Cunha, na prova da baliza, em junho de 2008, na Ilha do Fundão, quando a jovem tinha 18 anos.

Dois dias após o teste feito por Camilla, ele descobriu que era a filha do peemedebista. Coimbra ou Tunico, como é conhecido no Detran-RJ o irmão do ex-jogador Zico, nunca mais foi chamado para a banca de examinadores, pois, em carta ao Detran, Cunha acusou Tunico de tentar extorqui-la. Submetido a uma sindicância interna, o examinador foi punido com 30 dias de suspensão, sem vencimentos, além do afastamento das provas.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Tonico disse que apenas foi confortar a jovem dizendo que ele teria outra oportunidade. O irmão de Zico tenta, até hoje, anular a punição na Justiça. Ele incluiu o processo, que tramita desde 2009 na 8ª Vara de Fazenda Pública, no conteúdo de um email enviado na época pelo governador Sérgio Cabral à Presidência do Detran, na qual o chefe do executivo elogia a família Antunes, classificando-a como “sinônimo de honestidade e caráter”.

Cabral criticou Cunha: “Esse senhor que acusa um membro da família (de Zico) é sinônimo do que há de pior na vida pública brasileira”. E garantiu aos Antunes: “No meu governo, bandido não tira onda de mocinho”. Mas Cunha conseguiu o que queria.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Versões

Na carta entregue ao então presidente do Detran, Sebastião Faria, seis dias depois, Eduardo Cunha apresentou outra versão, ao dizer que sua filha foi abordada antes do exame por um funcionário do posto do Detran/Fundão, que teria exigido R$ 400 para aprová-la.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

“Em seguida, no momento da prova da minha filha, o fiscal Antônio Antunes Coimbra sequer olhou o que ela fazia, retirou os pontos, alegando que não teria colocado a seta. Confirmei que este fato não aconteceu ao falar ao telefone com o seu instrutor", escreveu Cunha. Os relatos desta matéria foram publicados no Globo.

Na sindicância, há relatos de confusão envolvendo Tunico no dia do exame e uma denúncia anônima contra o examinador, datada de abril de 2008, na qual um suposto candidato disse ter pago propina ao funcionário. "Reconheço: já bati boca com presidente de bancas examinadoras. Naquele ano mesmo, no Fundão, me insurgi contra a mudança no traçado da prova, que passou a ter um trecho na contramão. Mas, desonesto, jamais", defendeu-se.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Tunico não se conforma com o desfecho do caso. Segundo ele, a maior prova a seu favor foi o arquivamento do caso da 37ª Delegacia Policial (Ilha do Governador). Como Camilla não apareceu para depor, o delegado Fabio Asty Dantas concluiu não haver justa causa para a abertura de inquérito policial.

O processo encontra-se com o Ministério Público atualmente. O Detran-RJ confirmou a punição, mas não quis se manifestar. 

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO





CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247,apoie por Pix,inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

Carregando os comentários...
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Cortes 247

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO