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Cunha retoma projeto que proíbe adoção por gays

Presidente da Câmara Federal, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), autorizou a criação de uma comissão especial que pretende retomar a discussão de um projeto patrocinado pela bancada evangélica que define família apenas como união entre homem e mulher; a proposta proíbe a adoção de crianças por casais homossexuais e pode causar atritos com ativistas do movimento gay e com a bancada do PT

Presidente da Câmara Federal, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), autorizou a criação de uma comissão especial que pretende retomar a discussão de um projeto patrocinado pela bancada evangélica que define família apenas como união entre homem e mulher; a proposta proíbe a adoção de crianças por casais homossexuais e pode causar atritos com ativistas do movimento gay e com a bancada do PT (Foto: Leonardo Lucena)

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Rio 247 - O presidente da Câmara Federal, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), autorizou a criação de uma comissão especial que pretende retomar a discussão de um projeto patrocinado pela bancada evangélica que define família apenas como união entre homem e mulher.

Na prática, a proposta, que pode causar atritos com ativistas do movimento gay e com a bancada do PT, proíbe a adoção de crianças por casais homossexuais. Com 80 deputados, a bancada evangélica articula indicações dos partidos para dominar a formação da comissão.

Evangélico, Eduardo Cunha também se nega a colocar em votação qualquer projeto que trate da legalização do aborto. "Aborto eu não vou pautar (para votação) nem que a vaca tussa", disse ao Estadão. "O último projeto de aborto eu derrubei na Comissão de Constituição e Justiça. No aborto, sou radical."

Cunha também conseguiu o desarquivamento de um projeto de sua autoria que cria o Dia do Orgulho Heterossexual, a ser comemorado no terceiro domingo de dezembro. O projeto foi apresentado em 2011.

Na justificativa da proposta, Cunha diz que a proposta "visa a resguardar direitos e garantias aos heterossexuais de se manifestarem e terem a prerrogativa de se orgulharem do mesmo e não serem discriminados por isso".

Em outro trecho da justificativa, o deputado parlamentar afirma que, "no momento em que se discute preconceito contra homossexuais, acabam criando outro tipo de discriminação contra os heterossexuais e, além disso, o estímulo da” ideologia gay “supera todo e qualquer combate ao preconceito".

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