Doria critica alinhamento de Bolsonaro com Trump
Em novo distanciamento de Jair Bolsonaro, o governador de São Paulo, João Doria, defendeu a intensificação da parceria com a China; "Chineses já estão ampliando a diversificação de seus parceiros comerciais, visando diminuir a dependência do mercado americano. É uma boa hora para o Brasil", disse Doria, que está em missão na China
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247 - O governaor de São Paulo, João Doria, afirmou ensta segunda-feira, 5, que a guerra comercial entre China e EUA é uma “grande oportunidade para o Brasil”.
“Os chineses já estão ampliando a diversificação de seus parceiros comerciais, visando diminuir a dependência do mercado americano. É uma boa hora para o Brasil, já que a China decidiu que o Brasil foi definido como prioridade”, disse.
O tucano está em Pequim liderando uma missão comercial justamente para tentar atrair investimentos para o seu estado.
“O presidente tem uma viagem prevista para a China em outubro. Materializada essa viagem, deixa de haver esse alinhamento que pode ser prejudicial. Espero que o governo federal aproveite a oportunidade”, disse.
Leia reportagem da agência Sputnik Brasil sobre a guerra comercial entre China e Estados Unidos:
China suspende compras de produtos agrícolas dos EUA
O Ministério do Comércio da China disse nesta segunda-feira (5), que empresas chinesas suspenderam as compras de produtos agrícolas dos Estados Unidos.
Mais cedo nesta segunda, a imprensa dos EUA noticiou que Pequim havia pedido a empresas estatais que a suspensão de importações de produtos agrícolas norte-americanos.
A medida faz parte da guerra comercial entre China e EUA. O presidente norte-americano, Donald Trump, recentemente ameaçou os chineses com a imposição de uma tarifa de 10% sobre US$ 300 bilhões em importações de produtos da China.
"A capacidade de mercado da China é grande, com prospectos brilhantes de importação de produtos agrícolas de alta qualidade dos EUA", disse o Ministério, afirmando que espera que Washington mantenha suas promessas de criar "condições necessárias" para a continuidade da cooperação.
Além da suspensão das compras agrícolas pelos chineses, noticiada pela agência Reuters, a China considera a imposição de tarifas sobre todos os produtos do setor vindos dos EUA.
Mais cedo, a China também havia anunciado a desvalorização de sua moeda, o Yuan, frente ao Dólar dos EUA, o que gerou impacto sobre o mercado financeiro mundo afora.
Autoridades dos EUA e da China devem dar continuidade às negociações comerciais no mês que vem em Washington.
Na semana passada, o jornal Wall Street Journal publicou informações de que membros do gabinete de Trump se opuseram às tarifas que ele anunciou contra a China, incluindo o assessor de Segurança Nacional, John Bolton.
Pequim afirmou anteriormente que pretendia retaliar quaisquer tarifas impostas pelos EUA, afirmando que as contramedidas passariam por diversos produtos.
A guerra comercial teve início em meados de 2018 com anúncios de tarifas de Trump sobre produtos chineses. Desde então, a China tem se mostrado relutante em com a possibilidade de escalada da guerra comercial.
Apesar disso, após o anúncio de novas tarifas por Donald Trump na quinta-feira (1), o editor-chefe do jornal chinês Global Times, Hu Xijin, afirmou que Pequim mudaria a postura.
Segundo o anúncio de Xijin, a postura chinesa deixaria de se preocupar em "controlar a escalada" da guerra comercial, focando em uma "estratégia nacional sob uma guerra comercial prolongada".
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