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Sudeste

Eletronuclear vai reavaliar segurança em Angra

Estatal criou comit para elaborar plano de ao de segurana para a Central Nuclear de Angra; chamado plano de resposta a Fukushima ter 58 estudos e projetos, desenvolvidos at 2015; investimento estimado de R$ 300 milhes

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Agência Rio - A Eletronuclear divulgou ontem (5) que a estatal criou um comitê gerencial a fim de elaborar um plano de ações para reavaliar a segurança das usinas da Central Nuclear de Angra, logo após o terremoto e o tsunami que ocorreram no Japão, ano passado, ocasionando um acidente nuclear na Central de Fukushima Daiichi. Segundo a empresa, o plano de resposta à Fukushima engloba 30 estudos e 28 projetos, a serem desenvolvidos no período de 2011 a 2015, com investimentos estimados em cerca de R$ 300 milhões.

O documento foi produzido a partir de informações do relatório preliminar encaminhado, pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), à Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), com a avaliação do acidente e, ainda, de observações da indústria nuclear mundial. E serve, hoje, de base para a montagem do relatório nacional a ser encaminhado para a Convenção Internacional de Segurança para as Lições Aprendidas com o Acidente de Fukushima - em agosto, na Agência Internacional de Energia Atômica.

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Além da elaboração do Plano, atendendo à solicitação da CNEN, a Eletronuclear está estendendo seus estudos para a elaboração de um Relatório de Reavaliação de Segurança das Usinas Angra 1 e Angra 2, em conformidade com especificação da WENRA – associação de organismos reguladores nucleares da Europa para a realização dos relatórios de avaliação de resistência. Este relatório deverá estar concluído até o final deste mês (março) para envio à CNEN e será avaliado por especialistas do Foro Iberoamericano de Organismos Reguladores Nucleares, conjuntamente com os relatórios das demais empresas operadoras dos países ibero americanos. Já a conclusão da reavaliação de segurança de Angra 3 está prevista para o mês de junho.

 

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De acordo com a Eletronuclear, o plano de resposta à Fukushima compreende três áreas de avaliação. A primeira referenciada como Proteção contra Eventos de Risco, trata da avaliação de cenários extremos de catástrofes naturais, verificando como as instalações, conforme projetadas e construídas, seriam impactadas no caso de ocorrência dessas catástrofes. Nesta área, destacam-se os estudos relativos a terremotos, efeitos de chuvas torrenciais, estabilidade das encostas e movimentos de mar.

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Os estudos contemplam a reavaliação das bases de projeto adotadas e a verificação das margens de segurança do projeto, em termos dos limites de severidade para os quais pode ser garantido o desligamento seguro das plantas.

Estes estudos em sua quase totalidade já se encontram em curso, sendo desenvolvidos em conjunto com universidades e centros de pesquisa, com previsão de conclusão dos estudos principais ainda em 2012.

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Considerando as características do sítio da Central, a abrangência dos estudos feitos para a implantação do complexo nuclear e as margens de segurança adotadas no projeto, os estudos deverão confirmar a adequação das instalações e das medidas de proteção adotadas, limitando as implicações dos seus resultados a intervenções localizadas em determinadas estruturas a título de aprimoramento da segurança.

 

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Na segunda área, Capacidade de Resfriamento, são avaliadas as condições para garantir o resfriamento adequado do reator e das piscinas de combustível em condições extremas, que incluem a perda de suprimento de energia elétrica para os sistemas de segurança e a perda da fonte fria, pelo bloqueio das tomadas de água do mar. Este tipo de avaliação vem sendo desenvolvida sistematicamente para todas as usinas nucleares, notadamente na Europa, no âmbito das assim chamadas avaliações de resistência ou stress tests.

Seguindo o conceito de defesa em profundidade, a ocorrência destas condições é assumida a despeito de todas as medidas de proteção das instalações contra os eventos de risco que possam causar a perda de suprimento de energia elétrica e a perda da fonte fria, e das margens de segurança consideradas na implantação destas medidas.

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Embora as duas unidades, Angra 1 e Angra 2, já disponham de recursos para resfriamento do reator e das piscinas em condições além das bases de projeto, os estudos e projetos a serem desenvolvidos visam dotar as plantas de novas alternativas para resfriamento do reator e das piscinas de combustível nessas condições, utilizando sistemas e equipamentos fixos, instalados nas plantas, e equipamentos móveis, como grupos diesel, moto bombas e unidades de refrigeração portáteis.

Os estudos consideram diferentes níveis de falha dos sistemas de segurança até a condição extrema de indisponibilidade de todos os sistemas fixos da planta que dependam de suprimento de energia elétrica ou de água do mar para resfriamento.

Os equipamentos móveis serão guardados em prédios de máxima segurança ou fora do local onde as usinas estão instaladas, devidamente protegidos, podendo, neste caso, serem transportados por via marítima até a Central em situações de emergência.

Na utilização de equipamentos móveis são considerados tempos de movimentação e de conexão destes equipamentos às plantas compatíveis com a capacidade de mobilização e suficientes para garantir o resfriamento adequado do reator e das piscinas.

São equipamentos industriais convencionais, sem requisitos nucleares, o que facilitará a sua aquisição e disponibilização. A especificação para compra estará pronta este mês. Paralelamente, estarão sendo preparadas nas plantas as modificações que permitirão a conexão rápida dos equipamentos móveis para atender às condições de emergência postuladas.

A terceira área de avaliação, Limitação de Consequências Radiológicas, trata das medidas que visam impedir ou limitar liberações de materiais radioativos para o meio ambiente no caso de ocorrência de acidentes severos, que se caracterizam pela fusão parcial do núcleo do reator. O foco dos estudos e projetos nesta área de avaliação é a manutenção da integridade da contenção de aço que isola o reator e o circuito primário do meio ambiente. A implementação destas medidas já está sendo contratada às empresas responsáveis pelos projetos de Angra 1 e Angra 2, seguindo as mesmas soluções adotadas nas usinas similares nos Estados Unidos e Europa.

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