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Sudeste

Empresário próximo de Queiroz diz que caseiro era olheiro de Wassef em Atibaia

De acordo com o empresário Daniel Bezerra Carvalho, um caseiro do imóvel de Frederick Wassef em Atibaia (SP) era uma espécie de olheiro do advogado. O relato reforça os indícios de que defensor mantinha controle sobre a rotina de Fabrício Queiroz

(Foto: Reprodução)
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247 - O empresário Daniel Bezerra Carvalho, de Atibaia, no interior de São Paulo, que frequentava a casa onde o ex-assessor Fabrício Queiroz ficou hospedado e cujo dono é o advogado Frederick Wassef, afirmou que o caseiro do imóvel era olheiro do defensor. A informação reforça os indícios de que ex-advogado do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) mantinha controle sobre a rotina de Queiroz. Wassef negou ter protegido o ex-assessor.

"Eu fui algumas vezes lá (na casa). Tinha dois quartos (um deles ficava trancado), um banheiro e uma sala grande. Nos fundos, ficava o caseiro, que era como se fosse um olheiro. Contava tudo para o patrão", disse o empresário ao jornal O Globo. "Tudo que acontecia eu acho que o cara passava para frente. Quem foi, quem não foi (à casa). Ele (Queiroz) não ficava preso. Não era obrigado a não sair. Mas com certeza os passos dele estavam sendo monitorados por alguém, entendeu?", acrescentou. 

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Queiroz foi preso no mês passado em Atibaia (SP) por acusação de envolvimento com um esquema de lavagem de dinheiro na Assembleia Legislativa do Rio, onde trabalhava para Flávio Bolsonaro, que era deputado estadual antes de ser eleito senador. Relatório do antigo Conselho de Atividades Financeiras (Coaf) apontou que o ex-assessor movimentou R$ 7 milhões de 2014 a 2017.

De acordo com relatos do empresário, no período em que Queiroz ficou em Atibaia, o caseiro Orlando Novaes ficava numa casa nos fundos do terreno e eventualmente fazia algum favor para Queiroz, como buscar alguma compra no mercado.

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O empresário afirmou que Wassef e ele frequentavam o mesmo clube de tiro na cidade. Segundo Carvalho, Queiroz recusou o convite para ir ao local sob o argumento de que não queria ser reconhecido.

Ainda na entrevista ao Globo, o dono de uma loja de conveniência contou que o ex-assessor demonstrava muito abatimento poucos dias antes de ser preso. "Ele (Queiroz) estava muito preocupado nos últimos cinco dias. Estava se preparando para depor ao MP, mas andava deprimido e quase sem comer", disse. 

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O empresário afirmou que conheceu o advogado Wassef há sete anos, quando este passou a ser cliente de sua loja de conveniência. Também disse que, logo ao conhecer Queiroz, não sabia que era um ex-assessor ligado à família Bolsonaro. Ficou sabendo posteriormente. 

"Estou triste que ele (Queiroz) está preso. Ele não merece. O cara estava doente. Não é certo isso. Eu vi a preocupação dele com seus filhos. Também não queria prejudicar os Bolsonaro. Eram amigos de longa data. Falou que Bolsonaro é um homem íntegro, assim como Flávio. E disse que é inocente. Também falou que conhece todos os filhos do Bolsonaro desde que eram pequenos", disse Carvalho. 

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