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Sudeste

Família de Marielle critica decisão de Dodge de federalizar investigação: "desrespeitoso"

Para a família da vereadora assassinada Marielle Franco (PSOL-RJ) e para promotoras do Ministério Público, a decisão da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, de federalizar as investigações sobre a morte da vereadora e de seu motorista Anderson Gomes pode ter um efeito totalmente contrário à intenção demonstrada de agilizar a investigação

(Foto: Mídia Ninja)
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247 - A família da vereadora Marielle Franco considerou a decisão da procuradora-geral da República de federalizar as investigações do assassinato um desrespeito. As promotoras que investigam o caso também endossaram as críticas. 

"Nesses 18 meses que se passaram, muitas reviravoltas sobre o caso foram divulgadas pela imprensa. Estive acompanhando com preocupação a movimentação da Procuradora Geral da República, Raquel Dodge, ao encaminhar o pedido de federalização do crime sem sequer ouvir as famílias. Acho profundamente desrespeitoso", afirmou Mônica Benício, viúva da vereadora, em entrevista ao jornal O Globo.

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Segundo ela, há uma preocupação de que o processo de federalização tenha o efeito totalmente contrário à intenção demonstrada por Dodge, de agilizar a investigação. 

"Queremos é que se investigue e que os responsáveis pelo assassinato de Marielle e Anderson respondam pelo que fizeram de forma exemplar. A ação penal contra os executores está em fase de interrogatório dos réus Ronie Lessa e Élcio de Queiroz. A fase seguinte é o possível julgamento destes acusados em Plenário do Tribunal do Júri. Nesse momento, um eventual deslocamento da competência deve gerar mais demora e sacrificará ainda mais quem espera justiça por Marielle e Anderson. Enquanto isso, as instituições estaduais estão acompanhando o caso desde o seu início, uma das mais extensas e complexas investigações de homicídio sem dúvida alguma. Não parece razoável que uma eventual acusação perante o júri passe a ser conduzida exclusivamente por instituição federal que até o momento não esteve envolvida em todas as etapas do processo", destacou.

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No dia 4 de outubro, o PM reformado Ronnie Lessa e o ex-PM Élcio Vieira de Queiroz, apontados como assassino e motorista do carro utilizado na empreitada, respectivamente, serão enfim ouvidos em interrogatório na 4ª Vara Criminal, no IV Tribunal do Júri.

"O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) lamenta a distribuição do Incidente de Deslocamento de Competência (IDC) de parte das investigações dos assassinatos da vereadora Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes, ocorridos em 14 de março de 2018. O pedido de federalização refere-se à identificação dos mandantes dos crimes e foi apresentado hoje, dia 17 de setembro, pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge, nos minutos finais de seu último dia de mandato. Trata-se, portanto, de atitude reincidente, uma vez que tentativa semelhante foi executada no ano passado, menos de 24 horas após as execuções, numa demonstração clara da obstinação de Raquel Dodge em federalizar o processo de investigação (...)", destaca a nota do MP.

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O órgão acrescenta ainda que a audiência marcada para o dia 4 do mês que vem, quando serão ouvidos Ronnie e Elcio, poderá resultar em "grande avanço na identificação dos mandantes".

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