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Sudeste

Freixo culpa "pacote horroroso" do governo estadual por guerra no Rio

"A responsabilidade desse conflito é do governo do estado, que manda um pacote irracional pra cá, irresponsável, inconsequente, sem dialogar com ninguém. E esse conflito a gente sabia que ia acontecer", disse o deputado do PSOL, Marcelo Freixo; nesta tarde, a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro deu início à votação da parte menos polêmica do pacote de Luiz Fernando Pezão, aprovando o fim da frota de carros oficiais e a proibição de sessões solenes no plenário no turno da noite; do lado de fora da Alerj, homens da Polícia Militar do Rio e da Foça Nacional de Segurança reprimiram com violência e bombas o protesto dos servidores contra o pacote de arrocho fiscal

Marcelo Freixo, candidato do PSOL à Prefeitura do Rio (Foto: Valter Lima)
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Sputnik - "A responsabilidade desse conflito é do governo do estado, que manda um pacote irracional pra cá, irresponsável, inconsequente, sem dialogar com ninguém. E esse conflito a gente sabia que ia acontecer", disse o deputado do PSOL.

Nesta tarde, a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro deu início à votação da parte menos polêmica do pacote de Luiz Fernando Pezão, aprovando o fim da frota de carros oficiais e a proibição de sessões solenes no plenário no turno da noite, medidas que deverão diminuir os custos na Casa. Também na sessão de hoje, os deputados derrotaram o destaque que pretendia isentar secretários que ganham acima do teto da proposta de corte de 30% em seus salários, resultado descrito como uma vitória importante da oposição por Marcelo Freixo.

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"A gente está aqui para derrotar o governo, como derrotamos hoje. Hoje o governo foi derrotado aqui numa votação importante, e o supersalário dos secretários não será mais pago, porque a gente estava aqui enfrentando o governo", afirmou, acrescentando que os trabalhadores do estado tinham razão em protestar contra o "pacote horroroso" do governo.

 

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Em meio a bombas e tiros do lado de fora da Alerj, o parlamento fluminense resolveu antecipar o calendário de votação do pacote, decidindo que todas as medidas deverão ser votadas até o próximo dia 12, não mais no dia 15.

"A gente quer tentar derrotar o governo em tudo. Agora, vamos ver, uma batalha a cada dia", acrescentou Freixo.

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Para o deputado Carlos Minc, também entrevistado pela Sputnik, o governo errou ao não se prevenir, ao não se planejar melhor em um momento prévio de "vacas gordas".

"A crise bateu à porta, as pessoas estão sem receber, e o pacote acaba centrado muito em cima dessas pessoas", disse Minc, acusando o Palácio Guanabara de não esclarecer "questões de corrupção grave" e não apresentar um rumo claro para a população.

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"Não basta a gente derrotar o pacote. Tudo indica que a gente vai derrotar, mas tem que encontrar uma saída, porque senão a gente derrota o pacote mas não tem dinheiro no fim do mês."

Outro presente na Alerj nesta terça-feira, Waldeck Carneiro, do PT, também criticou duramente o governo ao comentar os violentos conflitos em frente à Assembleia Legislativa. Segundo ele, o governo cometeu erros de método, forma e índole ao propor o seu pacote de austeridade. No que diz respeito ao método, o erro estaria na falta do uso do diálogo como mediação da atividade política, não apenas com a população, mas também com políticos da base aliada e setores públicos importantes. Na forma, a inconstitucionalidade de muitas das matérias do pacote e a ausência de argumentações detalhadas, com estatísticas, também constituiriam um problema gravíssimo. Quanto à índole, para Waldeck, o erro seria o foco das propostas.

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"O conjunto das medidas tem uma direção: servidor público e as parcelas mais empobrecidas da população", disse o parlamentar, destacando que o governo estaria excluindo aqueles que, justamente, mais precisam do serviço público e das políticas sociais de inclusão e promoção da cidadania.

Guerra civil?

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Do lado de fora da Alerj, antes, durante e depois da votação do pacote de Pezão, muitos manifestantes se reuniram na região central do Rio de Janeiro para demonstrar sua insatisfação com os caminhos propostos pelo governo para enfrentar a grave crise financeira no estado. O ato, que começou de maneira pacífica ainda no turno da manhã, rapidamente se transformou em um grande conflito entre trabalhadores e agentes das forças de segurança.

Em entrevista à Sputnik, um dos manifestantes presentes, o servidor público federal Sérgio Ribeiro, responsabilizou a polícia pela violência e lamentou o posicionamento do governo fluminense, aproveitando para se queixar também das medidas que vêm sendo propostas em Brasília, pelo Palácio do Planalto.

"Estamos aqui contra esses ataques que estão sendo promovidos pelo governador Pezão. Eu, como servidor federal, estou me solidarizando com a luta dos servidores estaduais, porque esse é o mesmo ataque que estamos recebendo a nível federal, que é a PEC 55", declarou Ribeiro. "Só o fato de você ter a Assembleia Legislativa toda militarizada, com Força Nacional, Tropa de Choque… Essa é a casa do povo! O povo que tinha que estar lá dentro, acompanhando as votações. O que está acontecendo aqui nada mais é do que uma autodefesa, uma resistência dos trabalhadores contra esses ataques econômicos e ataques da repressão."

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