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Sudeste

Garotinho critica promotor e diz que censura foi abolida com o fim da ditadura

O ex-governador do Rio, Anthony Garotinho, reagiu ao promotor Leandro Manhães, que pede sua prisão, acusando-o de se manifestar em seu blog; "O papel de censor de opinião já foi revogado junto com a ditadura. Se o promotor Leandro Manhães quer voltar a exercer a indigna função de censor, torça pela volta de um regime de arbítrio onde as liberdades são suprimidas", diz Garotinho

garotinho (Foto: Leonardo Attuch)
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Rio 247 – O ex-governador do Rio, Anthony Garotinho, reagiu ao promotor Leandro Manhães, que pede sua prisão, acusando-o de se manifestar em seu blog. 

Confira abaixo:

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Na tarde desta sexta feira, o promotor Leandro Manhães, mais uma vez, tenta se colocar acima da lei. Apesar do Tribunal Superior Eleitoral ter afirmado que não cabe censura numa sociedade democrática, ele invoca para si o papel de censor para definir o que é uma crítica desejável. Afirma também que há suposta intimidação a uma testemunha, que já prestou depoimento, para pedir minha prisão preventiva. 

Meus advogados estão agindo, mas cabe aqui algumas observações. O papel de censor de opinião já foi revogado junto com a ditadura. Se o promotor Leandro Manhães quer voltar a exercer a indigna função de censor, torça pela volta de um regime de arbítrio onde as liberdades são suprimidas. 

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Quanto a testemunha, segundo o TSE, é indigna de fé, pois alterou seu depoimento 6 vezes ao longo do processo. Estranho também o fato do promotor fazer novamente o pedido ao juiz que acaba de assumir a ação no lugar de Ralph Manhães, que saiu de férias. Quem confunde opinião com ameaça deve estar com dúvidas em relação ao que faz. 

Abaixo, reportagem da Agência Brasil:

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Vladimir Platonow - Repórter da Agência Brasil

O Ministério Público (MP) do Estado do Rio requereu a prisão do ex-governador Anthony Garotinho. O pedido foi feito ao juizado da 100ª Zona Eleitoral de Campos dos Goytacazes, onde corre processo contra Garotinho por distribuição de cheques-cidadão na última eleição para prefeito.

Garotinho havia sido preso em 17 de novembro do ano passado e chegou a ser levado para o Complexo Prisional de Gericinó, em Bangu. Porém, depois, conseguiu ser transferido para prisão domiciliar e posteriormente foi colocado em liberdade pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por meio de um habeas corpus.

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O MP alegou, no pedido de prisão feito ontem (1º), assinado pelo promotor Leandro Manhães Barreto, que Garotinho estaria pressionando e constrangendo testemunhas do processo, através de redes sociais, por meio de um blog que ele mantém na internet. Além disso, o MP sustentou que ele estaria insuflando sua militância, tendo inclusive organizado um protesto em frente ao MP de Campos.

Por último, os promotores citaram ameças de morte a uma testemunha de acusação, Elizabeth Gonçalves, que teria relatado fato ocorrido no dia 31 de maio, registrado na Polícia Federal. Por conta disso, pediu o MP “a decretação da prisão preventiva do réu, eis que necessária e imprescindível para a garantia da ordem pública e para assegurar a instrução processual penal”.

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Defesa de Garotinho

A defesa de Garotinho manifestou-se em nota do advogado Fernando Fernandes alegando que o promotor está desafiando o TSE ao pedir a prisão de Garotinho e ressaltou que ingressou com exceção do juiz substituto, Glaucenir de Oliveira, o mesmo que mandou prender garotinho em novembro passado.

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“Caso qualquer autoridade local se sinta ofendida com as denúncias do ex-governador as mesmas têm o direito de representar contra Garotinho e até mesmo processá-lo. Contudo, a Justiça Eleitoral não é competente para proteger a honra de delegado da Polícia Federal”, disse Fernandes.

A defesa frisou ainda que a testemunha do processo, a radialista Elizabeth Gonçalves, que se diz ameaçada em depoimento à Polícia Federal, já foi ouvida pela Justiça no processo de Garotinho. “Portanto é descabida a declaração de suposta ameaça”, alegou.

“Nos causa estranheza o Ministério Público esperar a mudança do juiz, em razão das férias do magistrado Ralph Manhães. É importante, destacar que o juiz Glaucenir de Oliveira está evidentemente impedido, pois responde por denunciação caluniosa uma vez que disse ter sido subornado pelo ex-governador”, alegou Fernandes na nota.


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