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Gil Siuffo sobre Orlando Diniz: "fruta podre"

Vice-presidente financeiro da Confederação Nacional do Comércio, Gil Siuffo comentou a condenação, pelo Tribunal de Contas da União, do presidente afastado do Sesc-RJ, Orlando Diniz; "Vejo com muita tristeza. Não pelo condenado em si, que é uma fruta podre, um elemento nocivo ao nosso sistema. Mas pelo dano que isso causa ao sistema nacional de comércio. Os departamentos regionais do Sesc e o Senac fazem um extraordinário trabalho social em prol do Brasil e dos brasileiros há décadas. É pena que todo esse trabalho positivo seja contaminado pela ação individual e deletéria de uma pessoa", disse ele; esta entrevista foi objeto de direito de resposta concedido pela Editora 247

Vice-presidente financeiro da Confederação Nacional do Comércio, Gil Siuffo comentou a condenação, pelo Tribunal de Contas da União, do presidente afastado do Sesc-RJ, Orlando Diniz; "Vejo com muita tristeza. Não pelo condenado em si, que é uma fruta podre, um elemento nocivo ao nosso sistema. Mas pelo dano que isso causa ao sistema nacional de comércio. Os departamentos regionais do Sesc e o Senac fazem um extraordinário trabalho social em prol do Brasil e dos brasileiros há décadas. É pena que todo esse trabalho positivo seja contaminado pela ação individual e deletéria de uma pessoa", disse ele; esta entrevista foi objeto de direito de resposta concedido pela Editora 247 (Foto: Leonardo Attuch)
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Rio 247 - Condenado pelo Tribunal de Contas da União pela criação de supersalários na Fecomercio/RJ, Orlando Diniz enfrenta agora outro contratempo. Em entrevista ao Rio 247, o vice-presidente da Confederação Nacional do Comercio, Gil Siuffo, rompe o silencio e critica duramente Diniz. "Ele esta agindo de forma irresponsável e denegrindo uma instituição séria", diz Siuffo. "Até agora ele vem gastando milhões para desviar o foco das graves acusações que pesam contra ele, mas a casa começa a cair".

(Esta entrevista foi objeto de direito de resposta concedido pela Editora 247).

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Rio 247 - Como o senhor avalia a condenação do presidente do Sesc RJ, Orlando Diniz, pelo Tribunal de Contas da União?

Gil Siuffo – Sinceramente, vejo com muita tristeza. Não pelo condenado em si, que é uma fruta podre, um elemento nocivo ao nosso sistema. Mas pelo dano que isso causa ao sistema nacional de comércio. Os departamentos regionais do Sesc e o Senac fazem um extraordinário trabalho social em prol do Brasil e dos brasileiros há décadas. É pena que todo esse trabalho positivo seja contaminado pela ação individual e deletéria de uma pessoa. É isso que lamento.

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Mas, ao mesmo tempo, a decisão do TCU, que é a primeira de uma série, pois há outros processos sendo analisados por aquele Tribunal, nos redime das infâmias, das leviandades e dos ataques à honra de pessoas de bem feitos por um senhor que não tem nenhuma moral para fazê-lo. O que as autoridades, os comerciantes e os sindicatos do estado do Rio de Janeiro, que tudo essa ação deletéria – na qual incluo o custo das milionárias defesas jurídicas - vem sendo feita com a contribuição que as empresas compulsoriamente pagam ao sistema "S" e que no estado do Rio de Janeiro deveriam ser aplicadas na educação e no desenvolvimento cultural, social e no lazer do comerciário e de seus familiares, como é feito no resto do país.

Rio 247 - O Senhor estaria insinuando que houve desvio de finalidade da gestão do Senhor Orlando Diniz à frente do Sesc e do Senac do Rio de Janeiro?

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Gil Siuffo – Insinuando, não. Estou afirmando e os processos em andamento comprovam o que falo. Esse senhor fechou unidades importantíssimas em várias regiões do estado do Rio de Janeiro, na baixada fluminense e, no desvario de galgar a sociedade carioca, passou a aplicar esses recursos para gozo da elite, por meio do patrocínio de festas no Morro da Urca, de shows de artistas para público selecionado, em nebulosas parcerias.

Rio 247 - Existe uma disputa politica entre o presidente da Fecomercio RJ, Orlando Diniz, e a Confederação Nacional do Comercio?

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Gil Siuffo – Não, absolutamente não. Ele tentou colar essa justificativa por meio de notas pagas em jornais. Como haveria disputa se ele, ao pressentir que seria expulso do corpo diretivo da CNC pelos seus próprios pares – que em síntese compõem o "colégio eleitoral" que decidirá sobre o novo mandato da CNC –, "pediu" para sair da CNC, apresentando-se como vítima. Ele não tem voto para se eleger para nada na CNC.
Não existe perseguição política, o que existe é uma estratégia típica da bandidagem. Eu não o estou chamando de bandido, quero deixar claro. Estou dizendo apenas que ele esta usando uma tática comum entre os bandidos. Sabe aquele batedor de carteira que depois de cometer o delito grita pela policia? É exatamente isso que o senhor Orlando Diniz faz. De uma outra forma, ele está tentando desviar a atenção, assim como na metáfora que usei. O problema do senhor Orlando Diniz não é politico. É criminal. Ele esta atolado em processos, procedimentos judiciais, inquéritos e adota esse discurso "político" para que seus verdadeiros problemas sejam colocados de lado.

Rio 247 - O senhor pode ser mais especifico?

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Gil Siuffo - Esperei essa primeira condenação pelo TCU para expressar a minha indignação. Só estou falando agora porque o senhor Orlando Diniz foi condenado por uma instancia independente, no caso o TCU. Portanto, não é a minha opinião, não é um discurso politico. O Tribunal de Contas da União condenou o dirigente do Sesc RJ. Isso não é guerra politica.

Rio 247 - Sim, mas o senhor falou em questões criminais envolvendo o presidente da Fecomercio RJ?

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Gil Siuffo - Sim, a condenação do TCU é apenas o primeiro item no prontuário do senhor Orlando Diniz. Há outros processos em exame pelo TCU, e um deles, já bastante noticiado pela imprensa, ele é condenado pela área técnica a devolver R$ 28 milhões aos cofres do Sesc, instituição que preside. A auditoria do Tribunal constatou que o dinheiro foi desviado. E não é só: Orlando Diniz é investigado hoje pelo Ministério Publico do Rio, pela Policia, pela Policia Federal, pelo Ministério Publico Federal, pela CGU, além do próprio TCU. Ou seja, antes de tudo ele é um réu. Essa balela de que ele representa o contraponto ao sistema do comercio, que ele é de oposição, foi uma invenção dele e dos advogados dele para desviar a atenção do fundamental: o castelo de Orlando Diniz esta desmoronando.

Rio 247 - Independentemente dos problemas jurídicos do presidente da Fecomercio/RJ, um dos pontos questionados sobre a CNC é que o atual presidente, Antonio de Oliveira Santos, está no cargo há três décadas. Não é tempo demais?

Gil Siuffo – O senhor Orlando Diniz, que presidente a Federação do Comércio do Rio de Janeiro há 16 anos e já anunciou que vai concorrer a mais um mandato de 4 anos, usa não só a longevidade de Antonio Oliveira Santos no cargo, mas também a idade de Antonio que já ultrapassou 80 anos. Além da atitude preconceituosa, ele tem a ingenuidade de propor a tese de que o novo é que é bom e o velho, na concepção dele, não presta.

Nessa relação o que se observa é justamente o contrário. Não tenho mandato para defender o Antonio Oliveira Santos, não sou porta-voz da CNC e meu desabafo é estritamente pessoal, mas conheço a ambos. Antonio foi catedrático da Universidade do Espírito Santo, chegou à CNC com patrimônio formado, e sob sua liderança o Sistema CNC, SESC e SENAC atuou em prol do comércio e construiu um patrimônio tangível e intangível insuperável.

Já o senhor Orlando Diniz, que se apresenta como o novo, não tem como justificar tamanha evolução patrimonial. De uma hora para a outra se transformou em grande empreendedor - evoluiu para vizinho do governador Sérgio Cabral – em relação a quem alardeia amizade e intimidade – em imponente apartamento no Rio e na praia de Mangaratiba. E os outros negócios em seu nome? Surgiram do nada? E a off-shore que aparece como proprietária do imóvel no Rio?

Ele faltou com o respeito todos as pessoas de bem que compõem o Sistema CNC, SESC, SENAC. Sou a favor da alternância do poder, como princípio, em todos os setores. Agora, a crítica vinda de quem vem, no caso do presidente da Fecomercio/RJ, soa absolutamente oportunista. Ele não diz que está no cargo há 16 anos e agora está se candidatando a mais um mandato e que transformou o Sesc e o Senac em cabide de emprego para construir a sua rede proteção. Então, a modernidade dele é só de fachada.

O SESC está sob avocação do Departamento Nacional. No Senac, a intervenção já foi determinada pelo Conselho Nacional e autorizada pela Justiça. E esse elemento ainda conta com Sindicatos Filiados à Federação para se eleger para mais um mandato. Será que esses Sindicatos desconhecem o que está ocorrendo ou fingem que desconhecem?

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