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Sudeste

Globo defende aumento dos ônibus no Rio

Em editorial, jornal de João Roberto Marinho afirma que as tarifas têm que ser reajustadas pelo prefeito Eduardo Paes. "No Rio, em especial, os empresários de ônibus são muito malvistos, pela atuação nos meandros do poder e longo histórico de precariedades no atendimento à população. Mas eles têm razão em ameaçar ir à Justiça para que os contratos de concessão sejam cumpridos", diz o texto; no ano passado, aumento das tarifas deflagrou onda de protestos

Em editorial, jornal de João Roberto Marinho afirma que as tarifas têm que ser reajustadas pelo prefeito Eduardo Paes. "No Rio, em especial, os empresários de ônibus são muito malvistos, pela atuação nos meandros do poder e longo histórico de precariedades no atendimento à população. Mas eles têm razão em ameaçar ir à Justiça para que os contratos de concessão sejam cumpridos", diz o texto; no ano passado, aumento das tarifas deflagrou onda de protestos (Foto: Leonardo Attuch)
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247 - Em editorial publicado nesta sexta-feira, o jornal O Globo saiu em defesa dos empresários de ônibus do Rio de Janeiro e defendeu reajuste nas tarifas – no ano passado, foi justamente o aumento das passagens que deflagrou o início das manifestações populares. Leia abaixo o texto do Globo:

Populismo tarifário ronda os transportes - EDITORIAL O GLOBO

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A cada adiamento de reajuste, para maquiar a inflação, aumenta o perigo da degradação do serviço. Com as urnas de outubro, cresce o risco de mais congelamento

A contenção artificial de tarifas é um rastilho que vai do transporte coletivo em grandes regiões metropolitanas aos combustíveis. No primeiro caso, trata-se de um assunto já bastante sensível, pois fez parte da deflagração dos movimentos de rua em junho do ano passado. No segundo, está em questão a capacidade de a Petrobras bancar o milionário subsídio no preço da gasolina e diesel e ao mesmo tempo executar um bilionário programa de investimentos.

O surto de populismo tarifário que faz o Planalto maquiar a inflação para tentar mantê-la na faixa dos 6%, um ponto e meio percentual acima da meta de 4,5%, tem desdobramentos locais. Na cidade do Rio de Janeiro, o congelamento das tarifas de ônibus é parte de uma intensa luta político-eleitoral, em que se destaca a guerra em torno de uma CPI sobre o assunto, bloqueada na Câmara de Vereadores pela bancada do prefeito Eduardo Paes (PMDB).

Conhecer a planilha efetiva de custos dos concessionários, parâmetro essencial na revisão de tarifas, é de fato importante. Para isso, o Tribunal de Contas do Município pediu à prefeitura do Rio que adiasse aumento previsto para este início de ano, a fim de que estudos sejam concluídos. Mas o tempo passa e as distorções se acumulam.

Há um ano, o governo federal, preocupado em conter artificialmente a inflação, conseguiu junto aos governos estaduais e municipais de Rio e São Paulo o adiamento para junho de ajustes tarifários nos transportes. Mas, quando os preços foram aumentados, vieram as manifestações e revogaram-se os reajustes. Em janeiro de 2013, a tarifa de ônibus no Rio subiria de R$ 2,75 para R$ 2,95. Em São Paulo, passaria de R$ 3 para R$ 3,20. Com as manifestações, as tarifas retrocederam e ficaram congeladas. Por isso, o encarecimento do diesel e aumentos salariais já apertam as empresas.

Há, agora, o risco de as urnas de outubro injetarem mais populismo na administração de tarifas em geral. Será erro crasso se isto acontecer, pois o reequilíbrio entre receitas e despesas no transporte de massa precisará ser mais drástico a cada dia que passa de congelamento. Há, portanto, o perigo de se reinstalar o conhecido círculo vicioso de tarifas irreais degradarem a qualidade dos serviços, que, para ser recuperada, necessitará de ajustes politicamente difíceis de serem concedidos. Não vem o reajuste, e o processo se retroalimenta.

No Rio, em especial, os empresários de ônibus são muito malvistos, pela atuação nos meandros do poder e longo histórico de precariedades no atendimento à população. Mas eles têm razão em ameaçar ir à Justiça para que os contratos de concessão sejam cumpridos, pois, na cidade, ao contrário de São Paulo, não existe subsídio tarifário.

Empresários privados, eles precisam ser remunerados condignamente. E, para o usuário, não há melhor alternativa do que a concessão, devidamente fiscalizada, a partir de contratos firmados em bases técnicas e equilibradas.

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