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    Ibama dá multa máxima à Chevron: R$ 50 milhões

    rgo ambiental aplica a maior punio prevista por atos poluidores; apurao inicial no aponta inteno deliberada de provocar vazamento, mas v prejuzos para o ecossistema; governo do Rio pode fazer autuao de R$ 30 milhes; em entrevista tensa, George Buck (acima), da Chevron, admitiu derrama de 382 mil litros de leo

    Gisele Federicce avatar
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    247 - O Ibama divulgou na tarde desta segunda-feira 21 a aplicação sobre a Chevron da multa máxima para atos que resultem em poluição ambiental: R$ 50 milhões. Apuração do órgão não constatou a existência de ação premeditada da companhia, mas concluiu que o ecossistema da região do Campo do Frade, em Campos, no litoral do Rio, foi prejudicado. O governo do Estado do Rio, por meio da Secretaria de Meio Ambiente, pode aplicar mais uma multa, no valor de R$ 30 milhões.

    Em entrevista coletiva tensa, na qual ameaçou por três vezes se retirar do ambiente, na sede da Chevron, no Rio, o presidente da companhia no Brasil, George Buck, admitiu que o vazamento já chega a um volume de 382 mil litros de petróleo.

    Acompanhe o noticiário da Agência Brasil:

     

    Vladimir Platonow_Agência Brasil - O presidente da subsidiária brasileira da petrolífera Chevron, George Buck, calculou hoje (21) em 2,4 mil barris ( (381,6 mil litros) volume total de petróleo vazado no Campo de Frade, na Bacia de Campos. O acidente ambiental foi detectado no último dia 8, quando funcionários da Petrobras avisaram à Chevron sobre uma mancha de óleo na água.

    Essa foi a primeira estimativa feita pela empresa sobre o total de óleo que vazou no desastre. Buck disse que todos os esforços estão sendo feitos para retirar o petróleo que vazou e que a companhia está utilizando materiais permitidos pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) para fazer esse trabalho. "Não colocamos nem areia nem farinha na contenção da mancha. Apenas materiais autorizados pelo Ibama."

    Buck voltou a assumir total responsabilidade da empresa pelo vazamento e ressaltou que o produto será retirado da superfície. "É inaceitável qualquer óleo na superfície e vamos tomar todas as providências para isso."

    O executivo isentou de qualquer culpa pelo acidente os funcionários e equipamentos da empresa Transocean, responsável pela perfuração do poço, a mesma envolvida no desastre do Golfo do México, em 2010, quando operava para a British Petroleum (BP).

    Abaixo, leia notícia sobre multas de até R$ 80 milhões que podem ser aplicadas contra a Chevron:

    O diretor da Agência Nacional de Petróleo (ANP), Haroldo Lima, afirmou que a agência vai dar três multas à Chevron: limitar informação, não estar preparada para solucionar problema e um terceiro motivo que não foi revelado. A Chevron pode receber multa de R$ 50 milhões da ANP – o valor máximo de multa - pelo vazamento de petróleo na Bacia de Campos. Mas Lima disse que o montante é pouco pela seriedade do acidente. Presidente da Chevron George Buck concederá hoje primeira coletiva de imprensa, no Rio.  

    O valor da multa será divulgado hoje “ou amanhã”, segundo Lima em entrevista coletiva concedida hoje na nova sede da ANP em São Paulo. Segundo informações da Agência Brasil, o governo estadual estuda valor de R$ 30 milhões para a multa. 

    Já o secretário do Meio Ambiente do Rio, Carlos Minc, disse que o governo do estado estuda aplicar multa de até R$ 30 milhões à petroleira Chevron, além de cobrar reparação pelos danos causados com o vazamento de óleo no Campo de Frade. Os custos de reparação, que segundo o secretário poderiam servir, em parte, para compensar pescadores prejudicados, serão pelo menos R$ 10 milhões. Para Minc, o valor está “defasado”.

    O vazamento de óleo no Campo do Frade, na Bacia de Campos, foi equivalente a um volume de 3 mil barris aproximadamente em oito dias, de acordo com cálculos da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). A área afetada é de cerca de 160 quilômetros quadrados, informou hoje o diretor-geral da ANP, Haroldo Lima.

    A agência reguladora está monitorando o vazamento ocorrido no litoral do Rio de Janeiro, junto com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e a Marinha do Brasil. O acidente ocorreu durante perfuração do poço 9-FR-50DP-RJS pela Chevron Brasil Petróleo.

    O diretor-geral da ANP também afirmou nesta segunda-feira que a Chevron será autuada entre hoje e amanhã em razão do vazamento. No momento, dos 28 pontos monitorados pela ANP relacionados ao acidente, apenas um apresenta vazamento residual, segundo Lima. "Em outros nove ainda existem algumas gotas saindo", disse, acrescentando que para a ANP a situação só é considerada controlada quando não houver mais nenhum grau de vazamento.

    (Com informações da Agência Brasil e Agência Estado)

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