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Sudeste

Intelectuais assinam manifesto contra a intervenção no Rio

Mais de 300 acadêmicos, artistas, intelectuais, políticos, juristas e movimentos sociais dedicados à defesa da democracia e dos direitos humanos assinam documento em que demonstram séria preocupação com a decretação de intervenção federal no Rio de Janeiro pelo governo Temer, "medida que indica a opção pela lógica militar para enfrentar os importantes problemas de segurança pública, com consequências sumamente graves para a população que vive nos territórios com maior incidência de violência"; entre os signatários estão Celso Bandeira de Mello, Jorge Furtado, Celso Amorim, Chico Buarque, Marcia Tiburi, Carol Proner, Frente Brasil Popular, Marcha Mundial das Mulheres e MST

Mais de 300 acadêmicos, artistas, intelectuais, políticos, juristas e movimentos sociais dedicados à defesa da democracia e dos direitos humanos assinam documento em que demonstram séria preocupação com a decretação de intervenção federal no Rio de Janeiro pelo governo Temer, "medida que indica a opção pela lógica militar para enfrentar os importantes problemas de segurança pública, com consequências sumamente graves para a população que vive nos territórios com maior incidência de violência"; entre os signatários estão Celso Bandeira de Mello, Jorge Furtado, Celso Amorim, Chico Buarque, Marcia Tiburi, Carol Proner, Frente Brasil Popular, Marcha Mundial das Mulheres e MST (Foto: Gisele Federicce)
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247 - Mais de 300 acadêmicos, artistas, intelectuais, políticos, juristas e movimentos sociais dedicados à defesa da democracia e dos direitos humanos assinam documento em que demonstram séria preocupação com a decretação de intervenção federal no Rio de Janeiro pelo governo Temer.

Os signatários avaliam que a "medida que indica a opção pela lógica militar para enfrentar os importantes problemas de segurança pública, com consequências sumamente graves para a população que vive nos territórios com maior incidência de violência".

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Entre os signatários estão Celso Bandeira de Mello, Jorge Furtado, Celso Amorim, Chico Buarque, Marcia Tiburi, Carol Proner, Frente Brasil Popular, Marcha Mundial das Mulheres e MST. Confira a íntegra do manifesto e a lista dos que aderem à crítica:

Defensores de Direitos Humanos e comunidade acadêmica pelo direito de defender a Democracia

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A Comunidade Acadêmica, entidades e personalidades dedicadas à defesa da democracia e dos direitos humanos vêm a público expressar séria preocupação com a decretação de intervenção federal no estado do Rio de Janeiro, medida que indica a opção pela lógica militar para enfrentar os importantes problemas de segurança pública, com consequências sumamente graves para a população que vive nos territórios com maior incidência de violência.

As Forças Armadas, como demonstram experiências anteriores, não são resposta adequada aos problemas de violência interna. Tanto pela forma apressada e espetaculosa, quanto pelo conteúdo impreciso e alheio aos estudos realizados por instituições conhecedoras dos problemas de segurança do estado, o decreto atual não se coaduna com as práticas do Estado Democrático de Direito e a necessária participação e opinião daqueles que serão diretamente afetados, abrindo um precedente inédito, desde a redemocratização, de intervenção militar sobre o poder de gestão civil e social.

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No contexto da grave crise política, econômica e institucional que vive o país e ameaça a nossa soberania, as manifestações de autoridades civis e militares reivindicando amplos poderes e salvo-conduto para o exercício ilimitado da violência pelas forças de intervenção contra suspeitos provocam perplexidade e nosso absoluto repúdio.

Recordamos que, em democracia, mesmo quando um Estado atua para conter situações emergenciais de violência, há princípios que jamais podem ser revogados, como o são o direito à vida e à dignidade, a proibição da tortura e de toda forma de discriminação, o respeito à legalidade e à irretroatividade da lei penal e o direito do cidadão de ser julgado por um tribunal imparcial e independente. 

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Reafirmando o papel constitucional das Forças Armadas na defesa do Estado brasileiro, somos conscientes e solidários às demandas por estrutura e recursos para que bem possam desempenhar sua missão e, como sociedade civil e acadêmica, estamos preparados para colaborar em iniciativas democráticas, observatórios e medidores, visando a um projeto estável de segurança pública, cidadania e inclusão para o futuro da sociedade fluminense. 

Em consórcio com as demais entidades democráticas, seguiremos monitorando as ações decorrentes da intervenção, objetivando garantir os direitos civis, políticos e sociais da população do estado do Rio de Janeiro, com pleno respeito aos direitos da pessoa humana, sempre com o objetivo de fortalecer os fundamentos da democracia no Brasil.

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