Irmã denuncia prisão de jovem no Jacarezinho: 'a gente não pode nem comprar pão'
"Estamos refém dentro da nossa comunidade. Não temos o direito de ir aonde quisermos", denunciou Erica Corrêa, cujo irmão foi preso na tarde de domingo, 6
247 - Erica Corrêa criticou a prisão de seu irmão, Yago, durante operação da Polícia Militar na tarde de domingo, 6, na comunidade do Jacarezinho, na Zona Norte do Rio de Janeiro, informou o Uol. Yago tinha ido comprar pão e, ao sair da padaria, viu correria e confusão e foi se acolheu numa farmácia.
Um policial apontou o fuzil para ele e o deteve sob suspeita de tráfico de drogas, o que os parentes negam.
“A gente se sente injustiçado. A gente não tem o direito de ir e vir dentro da comunidade onde a gente mora. A gente não pode sair para comprar um pão, porque a gente não sabe se vai voltar. A gente vai comprar um pão e é preso”, disse Erica
Policiais militares do Batalhão de Choque afirmaram que Yago estava junto com um adolescente flagrado com uma bolsa cheia de drogas. Ele foi levado para a delegacia e teve a prisão em flagrante convertida para preventiva. Yago está preso desde então, sob suspeita de tráfico e associação ao tráfico de drogas.
Sobre a suposta amizade de Yago e o rapaz que estaria com as drogas, a irmã conta que não sabe se eles se conheciam. No entanto, talvez conheça por morarem na mesma comunidade.
Para a tarde desta terça-feira, 8, está prevista uma Audiência de Custódia. Pela manhã, a realizou um protesto na porta do presídio José Frederico Marques, em Benfica, na Zona Norte do Rio, onde Yago está preso.
Para ajudar a família, Yago vende os doces feitos pela irmã na comunidade. Segundo a irmã, o rapaz toma medicamentos por conta de um tratamento contra a tuberculose e sofre de uma doença psicológica (não especificada) e que age como criança, às vezes.
"Ele foi preso e rendido com um saco de pão na mão. O governador disse que iria ajudar os moradores do Jacarezinho, cadê ele? Governador, preciso de ajuda para por meu irmão na rua. Estamos refém dentro da nossa comunidade. Não temos o direito de ir aonde quisermos", finalizou Erica.
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