CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
Sudeste

Marcelo Freixo sobre eleições no Rio: se a esquerda tiver muitos candidatos, será uma irresponsabilidade

À TV 247, o deputado federal falou sobre segurança pública, a necessidade de diálogo com os evangélicos e a eleição municipal deste ano, que para ele é a mais importante da nossa história recente. “Eu só tenho desejo de ser candidato se tiver uma frente ampla com capacidade de vitória”, afirma. Assista

Deputado federal Marcelo Freixo (PSDB-RJ) (Foto: Mídia Ninja)
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

247 - Em visita a Portugal nesta semana, o deputado federal do PSOL Marcelo Freixo conversou com a equipe da TV 247 em Lisboa e falou sobre várias questões envolvendo a segurança pública no Brasil, além das eleições municipais. Nome forte para a disputa da Prefeitura do Rio de Janeiro, Freixo também é uma das figuras de destaque na formação de uma possível frente ampla na esquerda para as eleições de 2020, que ele considera a mais importante da história recente.

“A gente não tá debatendo nome de vice, esse é um debate para depois do Carnaval, vai depender da aliança que vai ser feita. Meu nome está colocado porque já participei de duas eleições e as pesquisas colocam a gente em empate técnico em primeiro lugar, mas eu só tenho desejo de ser candidato se tiver uma frente ampla com capacidade de vitória. Se a esquerda tiver uma quantidade enorme de candidatos é uma irresponsabilidade muito grande nesse momento”, avaliou.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

“O Rio hoje é o lugar de onde vem o Bolsonaro. O Rio, neste momento, tem um prefeito, o [Marcelo] Crivella, que representa o que há de mais atrasado na relação política e religião. Você tem um governador militarizado [Wilson Witzel] que fala em “tiro na cabecinha”. Então, uma vitória do campo progressiva no Rio de Janeiro é uma resposta muito importante em 2020, porque a gente vai colher em 2022 e a cidade pode ser um lugar de garantia de direitos, de retomada de alegria, de projeto concreto de sociedade”, explicou.

Em relação ao diálogo com a comunidade evangélica e com os membros das igrejas neopentecostais, Freixo acredita que se não houver diálogo com essas pessoas, será difícil criar uma proposta firme no combate à violência. Ele ressalta também que há “diferenças muito significativas” entre os evangélicos, e que é preciso tomar muito cuidado com as generalizações.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

“Hoje o principal trabalho religioso que tem no setor popular brasileiro é o trabalho evangélico. No Rio de Janeiro temos uma média em que, a cada quatro pessoas, uma é evangélica. Então, se não tiver diálogo com o campo evangélico, e eu estou falando de campo porque não são iguais. A Universal do Reino de Deus é completamente diferente da Assembleia de Deus. Tem diferenças muito significativas entre eles. Então a gente precisa ter um pouco de cuidado nas generalizações”. 

Sobre a polêmica envolvendo a votação do texto do projeto anticrime, proposto pelo ministro da Justiça, Sergio Moro, em 2019, o deputado do PSOL explica que, com as alterações realizadas no Congresso, essa aprovação, ao contrário das críticas que recebeu por parte de alguns setores da esquerda, foi uma grande derrota ao ministro. Freixo decidiu votar a favor do texto, que acabou sofrendo alterações desde a proposta inicial, deixando para trás as principais pautas de Moro, como o excludente de ilicitude, apelidado de ‘licença para matar’.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

“O texto aprovado pela Câmara é um texto que implementa uma derrota muito grande ao Moro. Tanto é que ele ligava para os deputados na hora da votação. Tanto é que ele toma uma outra derrota quando o Bolsonaro sanciona o Juiz de Garantia. Então, na verdade, o Congresso é um lugar de política de adulto, né? O Congresso é um lugar de muita maturidade política, porque você tem um momento muito adverso da política nacional. O que nós tínhamos ali era um texto que transformava o Brasil em um Estado Penal, com licença para matar. Nós ficamos 22 dias trabalhando sobre isso. A gente derrota a bancada da bala, que tem 308 deputados. E derrotamos o excludente de ilicitude, né? Para quem é pobre, favelado e mora na periferia, isso faz uma diferença muito grande”, detalhou.

A respeito do caso Marielle Franco, Marcelo Freixo o classifica como algo muito importante para o Brasil, um limite à democracia. “Se a gente não souber quem mandou matar a Marielle, a gente não sabe qual foi a razão política que gerou a morte dela. E é preciso saber a razão política para entender que política é essa que está acontecendo em pleno Rio de Janeiro no século XXI que é capaz de matar alguém”. 

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Ele lembra que o sargento da reserva da Polícia Militar Ronnie Lessa, acusado de efetuar os disparos contra a vereadora, está preso, mas questiona qual o envolvimento das milícias no crime. “Qual o nível de envolvimento de milícia no crime da Marielle tem que ser investigado. E a investigação sobre as milícias não depende do caso Marielle. As milícias já representam hoje a maior ameaça à segurança pública do Rio de Janeiro. Não estou dizendo que o tráfico seja a menor, mas são duas organizações criminosas completamente distintas, e as formas de enfrentá-las são completamente distintas”, cobrou. 

Inscreva-se na TV 247 e assista à íntegra da entrevista que irá ao ar neste sábado (18) às 19h:

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

Carregando os comentários...
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Cortes 247

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO