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Sudeste

Moradores de favelas têm medo e desconfiança da PM

Estudo realizado pelo Laboratório de Pobreza, Violência e Governança (PoVgov) da Universidade de Stanford, instituição sediada dos Estados Unidos, divulgada na quarta-feira (28), revelou que os moradores de favelas no Rio de Janeiro têm medo e desconfiança da PM. Seis mil pessoas foram pesquisadas em suas casas entre setembro de 2015 e fevereiro de 2016. A política de segurança com as UPPs também não mudou a visão negativa da Polícia Militar

22/09/2017- Rio de Janeiro- RJ, Brasil- Operação de segurança contra confrontos entre traficantes na favela da Rocinha Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil (Foto: Leonardo Attuch)
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Por Esmael Morais, em seu blog Estudo realizado pelo Laboratório de Pobreza, Violência e Governança (PoVgov) da Universidade de Stanford, instituição sediada dos Estados Unidos, divulgada na quarta-feira (28), revelou que os moradores de favelas no Rio de Janeiro têm medo e desconfiança da PM. Seis mil pessoas foram pesquisadas em suas casas entre setembro de 2015 e fevereiro de 2016. A política de segurança com as UPPs também não mudou a visão negativa da Polícia Militar.

A pesquisa é do Laboratório de Pobreza, Violência e Governança (PoVgov) da Universidade de Stanford, instituição sediada dos Estados Unidos, e foi realizada em parceria com o Observatório de Favelas e a Redes da Maré, duas organizações da sociedade civil que atuam em comunidades do Rio de Janeiro. Foram entrevistados moradores da Cidade de Deus, Providência, Rocinha, Batan e Maré.Entre os entrevistados, 16% relataram que um amigo, um conhecido ou um membro da família foi assassinado por um policial. Além disso, 20% já tiveram as suas casas invadidas por forças de segurança, já sofreram agressões e têm algum familiar que foi agredido por policiais.Em relação ao crime, 15% relataram ter sofrido um assalto a mão armada, viram alguém assassinado por um criminoso ou tiveram suas casas invadidas por um bandido.

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“Muitas vezes a polícia está mais propensa a abusar dos direitos dos cidadãos do que os criminosos”, aponta o estudo.Eles também foram perguntados sobre “qual é o sentimento que a maioria da comunidade têm demostrado em relação aos policiais que atuam em sua favela” e lhes foram apresentadas várias opções de respostas, igualmente divididas entre palavras positivas e negativas, entre elas medo, respeito, desconfiança, admiração, simpatia, indiferença, desrespeito, indiferença e raiva.O entrevistado também poderia dizer qualquer outro sentimento que desejasse.“Quando os residentes relacionam seus sentimentos com a polícia, eles costumavam usar uma linguagem negativa”, registra o estudo. Medo e desconfiança foram as palavras mais utilizadas.O relatório também traça o perfil dos entrevistados. Metade deles vive com uma renda média de um a dois salários mínimos.Em relação à escolaridade, 29% completaram o ensino fundamental e 26% completaram o ensino médio.

Apenas 3% tiveram acesso à universidade. Dos entrevistados, 45% declararam-se como católicos e 41% como evangélicos, enquanto 14% se disseram adeptos de outras religiões e 24% afirmaram não ter religião.Esse não é o primeiro estudo do laboratório da Universidade de Stanford desenvolvido no Rio de Janeiro. Em parceria com a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Seseg) e a Polícia Militar, vem sendo realizados estudos com o objetivo de entender as causas individuais, contextuais e institucionais do uso da força letal policial. Pesquisas similares também são desenvolvidas no México.

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