'Morte de PMs deveria causar mais indignação'
O secretário de segurança pública do Rio, José Mariano Beltrame, afirmou que as mortes dos policiais provocadas por tortura deveriam causar comoção na sociedade e não só na polícia; o dirigente comparou execuções registradas recentemente no Rio de Janeiro, como a do soldado Neandro Santos Oliveira, morto no Complexo Chapadão, com as cenas de ameaça e morte por grupos insurgentes do Oriente Médio; "Eu gostaria que a sociedade visse isso com indignação e tristeza. Parece que é o trabalho dele; que ele é policial e ele tem que morrer"
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Rio 247 - O secretário de segurança pública do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, afirmou nessa quinta-feira (22), que as mortes dos policiais provocadas por tortura deveriam causar comoção na sociedade e não só na polícia. O dirigente comparou execuções registradas recentemente no Rio de Janeiro, como a do soldado Neandro Santos Oliveira, morto no Complexo Chapadão, com as cenas de ameaça e morte por grupos insurgentes do Oriente Médio.
"Eu gostaria que a sociedade visse isso com indignação e tristeza. Parece que é o trabalho dele; que ele é policial e ele tem que morrer. Mas, na maneira com que isso acontece, com requinte de crueldade, com barbáries e com tortura com condução pra esse lugar de queimar essas pessoas [se referindo ao soldado Neandro], isso deve causar uma indignação não só na polícia. Isso deve causar uma indignação na sociedade", disse. As declarações aconteceram em cerimônia de 20 anos do Disque Denúncia.
Segundo Beltrame, "a gente assiste em noticiários internacionais instituições fora do País, como no Oriente Médio, ameaçando uma pessoa que vai ser morta e isso causa uma indignação internacional".
"Aqui, levam um policial para dentro de um lugar daqueles ali , torturam ele como a gente sabe que fizeram é isso não dá nenhum tipo de corpo para uma reação ou para uma resposta de indignação da sociedade como um todo. Isso sim me deixa muito triste", acrescentou.
O secretário afirmou que, em áreas onde há Unidades de Polícia Pacificadora, não existem mais "cenas medievais", se referindo aos índices de policiais mortos e homicídios nessas regiões.
"O Rio de Janeiro tem facções que idolatram armas de fogo, tem pessoas ligadas ao crime que tem uma banalização pela vida, seja do policial ou não. A solução para esses problemas, na minha visão, é a polícia ocupar esses territórios e, a partir daí, oferecer outras opções para essas pessoas que não o crime", disse.
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