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Sudeste

No Rio, ato pede retomada do julgamento pelo fim de doações empresariais

Dezenas de pessoas defenderam em praça pública, no centro do Rio, a retomada do julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) 4.650, interrompido há um ano por pedido de vista do pelo ministro do STF Gilmar Mendes; a ação, ajuizada pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), foi apresentada em 2011 e determina o fim do financiamento empresarial de campanhas políticas; houve manifestação também na Praça dos Três Poderes, em Brasília  

Dezenas de pessoas defenderam em praça pública, no centro do Rio, a retomada do julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) 4.650, interrompido há um ano por pedido de vista do pelo ministro do STF Gilmar Mendes; a ação, ajuizada pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), foi apresentada em 2011 e determina o fim do financiamento empresarial de campanhas políticas; houve manifestação também na Praça dos Três Poderes, em Brasília   (Foto: Leonardo Lucena)
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Flavia Villela – Repórter da Agência Brasil

Dezenas de pessoas defenderam hoje (1º) em praça pública, no centro do Rio, a retomada do julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) 4.650, interrompido há um ano por pedido de vista do pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes. A ação, ajuizada pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), foi apresentada em 2011 e determina o fim do financiamento empresarial de campanhas políticas. Houve manifestação também na Praça dos Três Poderes, em Brasília.

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De acordo com um dos organizadores do ato no Rio, Ricardo Henningsen, militante do PSOL, o pedido de vista que interrompeu o julgamento faz um ano amanhã (2), mas o ato foi antecipado por causa dos feriados da Semana Santa.

"Se o julgamento não tivesse sido interrompido, as eleições de 2014 talvez não tivessem recebido R$ 3 bilhões de empresas, e os políticos eleitos estariam menos comprometidos com os interesses dessas empresas. A questão já estava ganha há um ano, pois foram 6 votos a 1 dos 11 ministros do Supremo. Nada mais justo que nosso excelentíssimo ministro do Supremo [Gilmar Mendes] devolva essa ação", comentou Henningsen.

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No dia 2 de abril do ano passado, a maioria dos ministros do Supremo votou pelo fim das doações de empresas a campanhas políticas por concluir que esse tipo de financiamento fere cláusulas pétreas da Constituição. O resultado não foi homologado, porque Gilmar Mendes pediu vista do processo.

No local, estavam sendo recolhidas assinaturas para o Projeto de Iniciativa Popular 6.316/2013, que também proíbe o financiamento de campanha por empresas e estabelece a doação do financiamento democrático de campanha. O projeto institui eleições proporcionais em dois turnos, define a paridade de gênero nas listas eleitorais e fortalece os mecanismos de democracia direta para garantir participação da sociedade em decisões nacionais importantes. A ação foi elaborada pela Coalizão pela Reforma Política Democrática e Eleições Limpas com cerca 100 entidades da sociedade civil, como a OAB e a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

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A funcionária pública Beatriz Meireles, de 39 anos, parou no local para deixar sua assinatura. "Já conheço o projeto de lei, já o li na íntegra e me identifico com esses pontos para começar a reforma. Falta muita coisa, mas já é um começo", disse Beatriz, que também criticou a postura do ministro Gilmar Mendes. "O tempo nem é o mais grave, pois há pedidos de vista que demoram mais de um ano, mas ele [Gilmar Mendes] já declarou ao jornal O Globo [no mês passado] que terminou a vista. Então, isso não se sustenta mais. É impressionante que a mídia não cubra e não noticie esse escândalo."

O aposentado Marco Antônio Coutinho, de 58 anos, também deu apoio ao projeto de iniciativa popular. "Temos de fazer a reforma [política]. E concordo que doação de campanha deve ser da pessoa. Empresa não vota. Então, se está financiando, é porque quer algo em troca", afirmou.

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Mais de 850 mil pessoas já deram assinaturas de apoio ao projeto. Os organizadores do movimento de iniciativa popular pretendem recolher 1,5 milhão de assinaturas. O projeto tramita no Congresso Nacional desde outubro de 2013. "Sabemos que o Congresso tem bancadas com representantes do agronegócio, do mercado de armas e de bancos, mas iniciativas com mas de 1 milhão de assinaturas costumam sensibilizar essas bancadas. Então, temos esperança de que a pressão popular contribua para a aprovação desse projeto", disse Henningsen.

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